Ministro de Cabo Verde sublinhou a intenção de captar
investidores chineses, com a visão de transformar o país lusófono numa
“plataforma de negócios para o continente africano”. Para isso, espera
aproveitar as “oportunidades” criadas pela MIF, onde Cabo Verde é este ano país
parceiro
O
ministro da Indústria, Comércio e Energia de Cabo Verde esteve presente na
inauguração da Feira Internacional de Macau (MIF), onde Cabo Verde é país
parceiro este ano. Alexandre Dias Monteiro destacou a intenção de atrair
investidores chineses para várias áreas, mas sobretudo na “questão logística
marítima e portuária, dada a experiência chinesa no desenvolvimento de zonas
económicas especiais”. “É uma das áreas em que queremos focar a atracção de
investidores da China para Cabo Verde”.
Alexandre
Dias Monteiro explicou que o grande objectivo de Cabo Verde é tornar-se uma
economia de circulação no Atlântico Médio e “uma plataforma de comércio
indústria, [no mercado] financeiro, turismo, marítimo, aéreo”. Para isso,
segundo Alexandre Dias Monteiro, Cabo Verde beneficia da “localização
geográfica e estabilidade política, social e económica”, bem como do “acesso
privilegiado a grandes mercados como Europa, Estados Unidos e Canadá”, para se
tornar numa “plataforma para o continente africano” para o mundo.
Sobre
a participação na MIF, salientou que apesar de “ser um país pequeno”, Cabo
Verde está “aberto para o mundo, tem que aproveitar as oportunidades”,
nomeadamente “conhecimentos, confianças empresariais” e uma forma de “promover
o país” em Macau para a China.
A
embaixadora de Cabo Verde na China, Tânia Romualdo mostra-se satisfeita com a
forte presença na MIF. “A participação nesta feira, na qualidade de país
parceiro dá-nos a oportunidade de mostrar mais e melhor” o que Cabo Verde tem
“para oferecer a Macau e ao mundo”, afirmou ao Jornal Tribuna de Macau.
“Temos
uma amostra pequena, mas de muita qualidade de produtos ‘Made in’ Cabo
Verde”, frisou, apontando ainda como maior barreira “a distância geográfica e o
desconhecimento entre empresários”. De qualquer modo, mostra-se esperançosa de
que esta feira seja “um primeiro passo de um intensificar da relação também
económica”.
Lúcia
Cardoso é a fundadora da “Badia”, empresa de produtos de cosméticos naturais,
trouxe a Macau sabonetes feitos a partir da extracção de plantas de Cabo Verde
que baptizou com nomes de cidades, músicas, praias e outras características
emblemáticas do país. Assegurando que já tem “uma boa aceitação” no país de
origem, assumiu que o objectivo agora é exportar e “principalmente elevar o
nome do país e da cultura, porque a marca é muito assente na cultura e nos
nossos produtos, recursos naturais”.
A
empresária encara a MIF como “um ponto de viragem” e uma montra não só para
Cabo Verde mas também “uma oportunidade para que os visitante possam conhecer
uma cultura tão única”.
Ao
seu lado estava Keven Gonçalves, fundador da cerveja artesanal “Afreecana”. O
empresário, estreante na Ásia, espera conseguir o “máximo de contactos
possíveis, com investidores, distribuidores” e vê em Macau “uma entrada para o
mercado asiático”.
A
24ª edição da MIF integra cerca de 1500 bancas, numa área 24 000 metros
quadrados. Este ano tem como estreias as Zona de Exposição do Novo Modelo de
Venda a Retalho Transfronteiriça e o Pavilhão de Produtos Brasileiros.
Por
outro lado, a Exposição de Produtos e Serviços dos Países de Língua Portuguesa
(PLPLEX), junta este ano cerca de 200 empresários, entre empresas, associações
e municípios dos oito países de língua oficial portuguesa. Sofia Rebelo – Macau
In “Jornal Tribuna de Macau”
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