Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Estados Unidos da América - Estados em alerta para evitar reprodução do peixe “cabeça-de-cobra”



O Departamento de Recursos Naturais da Geórgia se somou na semana passada à lista de outros 15 estados americanos, inclusive a Flórida, em alerta por causa da existência do peixe “cabeça-de-cobra” (Channa argus) - uma espécie predadora e voraz detectada pela primeira vez nos Estados Unidos no início dos anos 2000.

Para as autoridades da Geórgia, os cabeças-de-cobra foram introduzidos intencionalmente no estado por pessoas que os compraram como peixes ornamentais, ou em tanques da indústria pesqueira alimentícia. Foram encontrados também espécies na Flórida, Nova York, Virgínia, Califórnia, Massachusetts e Maryland.

O peixe recebe esse nome por causa de sua cabeça achatada. As autoridades querem estudar os exemplares encontrados no país e mapear sua disseminação para tentar controlar sua reprodução, que é alta e rápida.

O alerta pelas autoridades da Geórgia foi lançado no dia 8 de outubro assim que um pescador capturou o primeiro exemplar desse peixe no Estado, que recomenda que sejam tiradas fotos dos peixes, “inclusive imagens de detalhe da boca, barbatana e cauda”, para que possam verificar se é mesmo o peixe, e, de modo algum devem soltá-lo de volta à água ou – nesse caso bem específico – nem mesmo na terra.

‘Pode sobreviver fora da água’

Originário da China, Rússia e da península da Coreia, é uma espécie que pode chegar a medir mais de 80 centímetros, tem grande apetite e se alimenta de outros peixes, rãs e pequenos lagartos. E, principalmente, o cabeça-de-cobra possui a notável capacidade de sobreviver fora da água durante alguns dias – se arrastando e com pequenos saltos, pode percorrer pequenas distâncias.

As autoridades locais explicam que os hábitos alimentares desses predadores – por comerem desde plâncton a outros peixes – pode afetar severamente a oferta de alimento para outras espécies.

Ainda, segundo o Departamento, os cabeças-de-cobra podem, além disso, sobreviver em água com baixas taxas de oxigênio, o que lhes dá uma vantagem competitiva em relação a outras espécies, como trutas e robalos, que precisam de mais oxigênio.

Todas as espécies de cabeça-de-cobra podem respirar oxigênio atmosférico, segundo as autoridades americanas. Alguns respiram tanto o ar atmosférico como o oxigênio que há na água, e outras devem necessariamente respirar o ar atmosférico para evitar se sufocarem.

Ao contrário da maioria dos peixes, o cabeça-de cobra pode sobreviver fora da água por possuir pequenas bolsas acima das brânquias que funcionam quase como pulmões. Ele pode afundar e aspirar ar para dentro dessas bolsas e, em seguida, extrair oxigênio do ar armazenado.

O primeiro cabeça-de-cobra encontrado, em Maryland em 2002, foi particularmente preocupante, segundo as autoridades estaduais, porque foram encontrados exemplares jovens, o que indica que ela está se reproduzindo com êxito no meio ambiente. In Gazeta News” – Estados Unidos com “BBC”

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