BALIBÓ
– A morte dos cinco jornalistas australianos, britânicos e neozelandês, a 16 de
outubro de 1975, em Balibó, despoletou o interesse do mundo pelo problema de
Timor-Leste.
Os
jornalistas mortos deliberadamente pelas Forças Especiais indonésias foram
Gregory Shackleton, Anthony Stewart, Gary Cunnigham, Malcolm Rennie e Brian
Peters.
“Apesar
de ter sido um dia triste pela morte dos cinco jornalistas, o dia 16 de outubro
de 1975 acabou por despoletar o interesse de todo o mundo pela causa timorense.
É, por isso, merecida a homenagem que hoje o estado de Timor-Leste presta aos
cinco jornalistas,” disse esta terça-feira o Administrador do Posto
Administrativo de Balibó, Rosário Gonçalves, à Agência Tatoli, no Município de
Bobonaro.
Em
declarações aos jornalistas, O administrador pediu que fosse mantida a
celebração deste dia “histórico”, reconhecendo a dificuldade que era, na
altura, recolher informações durante o período de guerra.
“Não
sou jornalista, mas reconheço que o trabalho efetuado então pelos jornalistas
foi soberbo, pois fizeram-no em contexto de conflito armada. Devemos, como tal,
fazerlhes publicamente uma vénia por ter conseguido divulgar informações para o
mundo inteiro em circunstâncias difíceis” disse.
O
Embaixador Australiano, Peter Robert inaugurou, entretanto, a casa “Balibó
Trail”, espaço onde funcionará um posto de turismo, onde estarão expostos
documentos sobre os episódios mais marcantes de 1975.
Estiveram
presentes na celebração do Balibó Five, evento subordinado ao tema Jornalismo
Livre para Garantir os Direitos Humanos, o Secretário de Estado Para a
Comunicação Social, Merício ‘Akara’, o Presidente do Conselho de Imprensa,
Virgílio Guterres, o Presidente da Agência Tatoli, José da Costa, estudantes e
jornalistas timorenses.
O
evento contou com o apoio do Conselho de Imprensa, Timor-Leste Press Union
(TLPU) e da Associação dos Jornalistas de Timor-Leste (AJTL). Evaristo Martins
– Timor-Leste in “Tatoli”
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