A
Universidade de Coimbra (UC) e a Universidade Politécnica de Macau (UPM)
lançaram um duplo doutoramento em tecnologias de informação, disse ontem o
reitor da instituição portuguesa, durante uma visita a Macau. O doutoramento
nasceu este ano lectivo, de um acordo assinado em agosto, e “está a começar a
dar os primeiros resultados”, com 18 estudantes, “divididos entre portugueses e
chineses”, disse Amílcar Falcão. O responsável sublinhou que a UC quer, “no
futuro, continuar a ter essa capacidade de mobilizar” estudantes dos dois
lados, porque a instituição quer “aumentar o número de formações avançadas” em
cooperação com Macau. Falcão disse que a UC “vai avançar”, já no próximo ano
letivo de 2024/2025, com um programa de estudos avançados em Relações Económicas
Internacionais, com a Universidade da Cidade de Macau, em língua inglesa. “[A
visita a Macau serviu para] consolidar as parcerias que nós temos e perspetivar
outras parcerias que estão em aberto e estamos em negociações”, referiu o
reitor, dando como exemplo a área do envelhecimento.
Em
Outubro, a UC criou um laboratório conjunto, com a Universidade de Macau (UM),
para estudar o envelhecimento cognitivo e responder às necessidades geradas
pelo aumento da esperança de vida. Também ontem, Amílcar Falcão esteve nas
instalações da UM na vizinha Hengqin (ilha da Montanha). “Levamos connosco
elementos para estudar e para apresentar um projecto a breve prazo às
autoridades para podermos ter o apoio necessário”, disse o reitor da UC, sem
revelar mais detalhes. Falcão revelou que a UC quer também reforçar a parceria
com a UPM na área da inteligência artificial, ligada ao laboratório conjunto de
tecnologia avançada para cidades inteligentes, criado pelas duas instituições
em 2022. A UPM vai atribuir esta sexta-feira um doutoramento ‘honoris causa’ ao
reitor da UC, durante a cerimónia de graduação do ano académico de 2023/2024.
Falcão disse acreditar que é um reconhecimento da relação de longa data com a
China, incluindo a criação, em 2016, de uma delegação do Instituto Confúcio,
que promove o ensino do mandarim e a cultura chinesa no estrangeiro. Antes de
visitar Macau, o dirigente passou por Xangai, no leste da China continental, e
por Shenzhen, a cidade vizinha de Hong Kong, para “consolidar relações também
de há muitos anos”, num “país estratégico” para a Universidade de Coimbra.
Em
Maio de 2019, a UC e a Universidade de Fudan, em Xangai, assinaram acordos que
permitiam aos alunos da instituição chinesa frequentar cursos intensivos de
verão de português em Coimbra. Um mês antes, a UC e a Universidade de Estudos
Internacionais de Pequim formalizaram a criação do Centro de Estudos sobre a
China e os Países de Língua Portuguesa. A universidade portuguesa criou em 2018
a Academia Sino-Lusófona e o Centro de Estudos Chineses, em parceria com a
Academia Chinesa de Ciências Sociais. In “Ponto Final” - Macau
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