Ficou ontem concluída a venda pela EDP de parte da empresa que detinha cerca de 21 por cento da Companhia de Eletricidade de Macau-CEM à China Three Gorges. A transacção rende à eléctrica portuguesa perto de 100 milhões de euros. A maior acionista da CEM continua a ser a também estatal Nam Kwong Development, com 42 por cento
Depois
do anúncio feito à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) no final
de Dezembro, foi ontem revelado que a EDP concluiu a venda à China Three Gorges
de uma participação de 50 por cento que detinha na Energia Ásia Consultoria,
empresa que detém 21,2 por cento da Companhia de Electricidade de Macau-CEM,
por cerca de 100 milhões de euros.
Num
comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a
eléctrica adianta que “a Energia Ásia era uma subsidiária detida a 50 por cento
pela EDP e 50 por cento pela ACE Asia Co. Ltd”, cujo único activo é a
participação de 21,2 por cento na CEM, concessionária exclusiva nas actividades
de transmissão, distribuição e comercialização de electricidade em Macau desde
1985.
“Esta
transacção está totalmente alinhada com o Plano de Negócio 2023-2026 da EDP,
permitindo a realocação do seu capital nas suas actividades principais”,
salienta a mesma informação.
A
restante estrutura da CEM é composta pela Nam Kwong Development (H.K.) Limited
com 42 por cento da eléctrica, a Polytech Industrial Limited com 21 por cento,
a Asiainvest – Investimentos e Participações S.A.R.L. com 10 por cento, a China
Power International Holding Ltd com 6 por cento e o Governo da RAEM com 8 por
cento.
Recorde-se
que em 2014 a EDP tinha vendido à ACE Asia, participada pela CWEI Hong Kong, da
CTG, a venda de 50 por cento da sua subsidiária EDP Ásia, Investimento e
Consultoria, com um ganho de capital de 110 milhões para a eléctrica
portuguesa.
Mudar de agulhas
De
acordo com a informação disponível no sítio da EDP, a estatal chinesa China
Three Gorges detinha a 31 de Dezembro do ano passado uma participação de 21,01
por cento na EDP e passa agora a ser accionista da CEM.
A
alienação da participação na CEM pela EDP coloca um ponto final na presença de
grandes empresas portuguesas em posições de relevo empresarial em Macau, em
especial nos sectores energético e das telecomunicações. Há 11 anos, a Portugal
Telecom vendeu à Citic a participação de 28 por cento que detinha da Companhia
de Telecomunicações de Macau (CTM), um negócio que rendeu à empresa portuguesa
mais de 300 milhões de euros.
Só
no sector financeiro encontramos a presença de grandes empresas portuguesas,
nomeadamente o Banco Nacional Ultramarino, que pertence ao universo da Caixa
Geral de Depósitos, o BCP e a seguradora Fidelidade. In “Hoje
Macau” - Macau
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