Mais de 80% dos portugueses vê vídeos ‘online’ de notícias e um terço consome este formato quatro a seis dias por semana, de acordo com o relatório Reuters Digital News Report 2024
O Reuters Digital News Report 2024
(Reuters DNR 2024) é o 13.º relatório anual do Reuters Institute for the Study
of Journalism (RISJ) e o 10.º a contar com informação sobre Portugal. Em 2024
participaram 47 mercados de notícias, Portugal incluído.
Enquanto
parceiro estratégico, o OberCom – Observatório da Comunicação colaborou com o
RISJ na concepção do questionário para Portugal, bem como na análise e
interpretação final dos dados. “Um terço dos portugueses (33%) consome vídeos
curtos sobre notícias pelo menos quatro a seis dias por semana”, sendo que este
tipo de vídeos “é preferido, em relação aos mais longos e ao ‘stream’ em
direto, por todas as demografias, embora o formato de vídeo noticioso ‘online’,
em geral, seja mais consumido pelos mais jovens”, refere o estudo.
Neste
sentido, “88% dos mais jovens consomem vídeos curtos ‘online’, 83%
vídeos mais longos e 78% ‘streams’ em directo”, adianta.
No
geral, “81% dos portugueses visualizam vídeos curtos (alguns minutos ou menos),
72% vídeos longos e 70% streams em directo, na forma de debate ou
notícias de última hora”.
Os
vídeos ‘online’ preferidos respeitam a temáticas “mais densas como
política, internacional ou economia (88%), enquanto as notícias mais focadas no
lazer, celebridades ou humor são mencionadas por apenas 45% dos respondentes”.
Sobre
as plataformas de acesso a vídeos noticiosos ‘online’, “os ‘websites’
das marcas são, a par da rede social Facebook, a principal forma de acesso a
notícias em vídeo, sendo estas duas fontes usadas pela mesma proporção de
inquiridos, 27%”.
A
plataforma Youtube “é a fonte mais utilizada por 17%, o Instagram por 13% e o
TikTok por 5%. No entanto, as tendências diferem por idade”.
De
acordo com o estudo, o uso do Youtube para ver vídeos de notícias é “mais
transversal a nível etário, já o Facebook e os ‘sites’ das marcas de
notícias são preferidas pelos mais velhos, enquanto o Instagram e o TikTok,
apesar de menos usadas, têm uma penetração muito significativa abaixo dos 35,
nomeadamente dos 18-24”.
Por
sua vez, o consumo de ‘podcasts’ aumentou em todas as faixas etárias.
“Tal como em anos anteriores, a escuta de podcasts continua a aumentar,
em Portugal, com a particularidade de este interesse ser transversal a todas as
faixas etárias”.
Entre
os países europeus que constam do Digital News Report 2024, “Portugal é um dos
cinco países, a par da Noruega, onde mais inquiridos dizem ter escutado algum podcast
no mês anterior – 42% – sendo ultrapassado apenas por Espanha, Irlanda e Suécia
(44%, 43% e 43% respetivamente)”.
Os
dados “são bastante positivos também no que respeita à escuta de podcasts
sobre notícias, política ou temas internacionais, com 15% dos inquiridos a
escutar algum podcast deste género, no mês anterior”, salienta.
O
inquérito foi realizado em 47 mercados: Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha,
França, Itália, Espanha, Portugal, Irlanda, Noruega, Suécia, Finlândia,
Dinamarca, Bélgica, Países Baixos, Suíça, Áustria, Hungria, Eslováquia,
República Checa, Polónia, Croácia, Roménia, Bulgária, Grécia, Turquia, Coreia
do Sul, Japão, Hong Kong, Índia, Indonésia, Malásia, Filipinas, Taiwan,
Tailândia, Singapura, Austrália, Canadá, Brasil, Argentina, Colômbia, Chile,
Peru, México, Marrocos, Nigéria, Quénia e África do Sul.
O
trabalho de campo foi realizado no final de Janeiro/início de Fevereiro.
Portugal continua a ser dos países onde menos se paga por
notícias ‘online’
Portugal
continua a ser um dos países onde menos se paga por notícias ‘online’,
conclui o relatório Reuters Digital News Report 2024 (Reuters DNR 2024), que
analisa 47 mercados. “Apenas 12% dos inquiridos afirmam ter pago por notícias ‘online’
no ano anterior em Portugal, quando a nível global a percentagem se mantém nos
17%”, refere o Reuters Digital News Report 2024 que é o 13.º relatório anual do
Reuters Institute for the Study of Journalism (RISJ) e o 10.º a contar com
informação sobre Portugal. Em 2024 participaram 47 mercados de notícias,
Portugal incluído.
Enquanto
parceiro estratégico, o OberCom – Observatório da Comunicação colaborou com o
RISJ na conceção do questionário para Portugal, bem como na análise e
interpretação final dos dados.
Tal
como em anos anteriores, “os portugueses que pagam por notícias ‘online’
continuam a preferir a subscrição em formato ongoing, contínuo,
independentemente da periodicidade do pagamento (34%), sendo que uma proporção
próxima paga por notícias digitais de forma indireta, pela subscrição de outro
serviço que inclui esse acesso a notícias em formato digital (30%)”.
No
universo dos portugueses que pagam por notícias ‘online’, mais de metade
(58%) pagam, “no máximo, um valor entre 5 e 10 euros por mês, sendo que 26%,
cerca de um quarto, dizem pagar entre um e cinco euros por mês”. “E entre os
que não pagam, 47% estariam dispostos a pagar, no máximo, um valor entre 5 e 10
euros por mês, sendo de destacar que apenas 4% estariam dispostos a pagar mais
do que isso e 48% não sabem ou não tinham a certeza no momento da resposta ao
inquérito”, remata. In “Ponto Final” - Macau com “Lusa”
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