Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 28 de junho de 2024

Macau - Ensino inteligente abrange 25 escolas

O plano piloto de ensino inteligente foi lançado em Macau em 2022 e o número de unidades escolares participantes neste plano passou de 16 para 25. Estas escolas recorrem à inteligência artificial e aos megadados nos seus trabalhos pedagógicos. A Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude revelou que no próximo ano escolar vão ser atribuídos mais recursos para apoiar as escolas na aquisição de equipamentos para a inteligência artificial e a educação da generalização científica


A Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ), para apoiar a aplicação pedagógica da inteligência artificial nas escolas locais, lançou no ano lectivo passado o plano piloto do ensino inteligente, cujas escolas participantes aumentaram de 16 para 25 neste ano lectivo de 2023/2024.

As escolas participantes no projecto cooperaram na construção de uma plataforma de serviços com foco nas funções pedagógicas, que incluem uma base de dados de perguntas inteligentes, a constituição inteligente de enunciados e a correcção inteligente. Nesse sentido, o ensino inteligente recorre à utilização da inteligência artificial e aos megadados para acompanhar e analisar a situação de aprendizagem dos alunos, apoiando as escolas no processo de ensino-aprendizagem personalizado e aumentando a eficácia pedagógica.

Em resposta a uma interpelação escrita da deputada Ella Lei, o director da DSEDJ disse atribuir “grande importância” à formação das capacidades em informática dos alunos e assim estabeleceu “reforçar o ensino da criatividade e das tecnologias de informação e comunicação” como uma das prioridades no Planeamento a Médio e Longo Prazo do Ensino Não Superior (2021-2030). O plano de acção concreto inclui o desenvolvimento da “Educação Inteligente” em Macau.

A DSEDJ indicou que foi realizada no primeiro trimestre do ano uma exposição dos resultados do plano piloto do ensino inteligente intitulada “Apoio da inteligência artificial no ensino, reduzindo o encargo e aumentando a eficiência”, a fim de promover o plano e permitir que mais escolas conheçam o ensino inteligente e incentivar a criação de um plano de serviços localizado deste ensino. A exposição convidou a participação de várias escolas de Macau, como a Escola Secundária Luso-Chinesa de Luís Gonzaga Gomes, o Colégio Mateus Ricci (secundário), a Escola Secundária Pui Ching, o Colégio Yuet Wah (secção chinesa), o Colégio de Santa Rosa de Lima – Secção Chinesa, entre outras.

Reafirmando a aposta nos recursos educativos da inteligência artificial e o apoio da sua aplicação pedagógica das escolas, Kong Chi Meng salientou que o Fundo Educativo, através do Plano de Financiamento para o Desenvolvimento das Escolas, está a apoiar as escolas na optimização dos equipamentos informáticos e de generalização científica, tanto como dos equipamentos complementares de que elas necessitam para a implementação dos currículos de educação da inteligência artificial.

De acordo com a DSEDJ, em articulação com as necessidades da reforma curricular, o plano de financiamento para o próximo ano escolar irá “reunir mais recursos” para apoiar as escolas na aquisição de equipamentos para a inteligência artificial e a educação da generalização científica, criando condições para o desenvolvimento integral do sistema curricular da educação de inteligência artificial em Macau. O Fundo Educativo vai assim melhorar o processo de apreciação, aprovação e actualização dos pedidos de financiamento.

“As escolas podem ainda, através do plano de financiamento, contratar pessoal na área das tecnologias de informação e comunicação, de forma a aliviar o peso dos trabalhos não pedagógicos dos docentes nesta área”, observou a DSEDJ.

O organismo disse ter reforçado a formação do pessoal docente das escolas, tendo implementado há três anos o Plano Piloto de Ensino e Investigação Interescolar, para que as escolas possam desenvolver, em conjunto, recursos pedagógicos relacionados com a educação da inteligência artificial e apoiar o desenvolvimento desta educação nas diferentes escolas locais. No corrente ano lectivo, a DSEDJ organizou também mais de 100 cursos de formação para o pessoal docente com conteúdo da inteligência artificial e as tecnologias de informação e comunicação. Catarina Chan – Macau in “Ponto Final”


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