O plano piloto de ensino inteligente foi lançado em Macau em 2022 e o número de unidades escolares participantes neste plano passou de 16 para 25. Estas escolas recorrem à inteligência artificial e aos megadados nos seus trabalhos pedagógicos. A Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude revelou que no próximo ano escolar vão ser atribuídos mais recursos para apoiar as escolas na aquisição de equipamentos para a inteligência artificial e a educação da generalização científica
A
Direcção dos Serviços de Educação e de Desenvolvimento da Juventude (DSEDJ),
para apoiar a aplicação pedagógica da inteligência artificial nas escolas
locais, lançou no ano lectivo passado o plano piloto do ensino inteligente,
cujas escolas participantes aumentaram de 16 para 25 neste ano lectivo de
2023/2024.
As
escolas participantes no projecto cooperaram na construção de uma plataforma de
serviços com foco nas funções pedagógicas, que incluem uma base de dados de
perguntas inteligentes, a constituição inteligente de enunciados e a correcção
inteligente. Nesse sentido, o ensino inteligente recorre à utilização da
inteligência artificial e aos megadados para acompanhar e analisar a situação
de aprendizagem dos alunos, apoiando as escolas no processo de
ensino-aprendizagem personalizado e aumentando a eficácia pedagógica.
Em
resposta a uma interpelação escrita da deputada Ella Lei, o director da DSEDJ
disse atribuir “grande importância” à formação das capacidades em informática
dos alunos e assim estabeleceu “reforçar o ensino da criatividade e das
tecnologias de informação e comunicação” como uma das prioridades no
Planeamento a Médio e Longo Prazo do Ensino Não Superior (2021-2030). O plano
de acção concreto inclui o desenvolvimento da “Educação Inteligente” em Macau.
A
DSEDJ indicou que foi realizada no primeiro trimestre do ano uma exposição dos
resultados do plano piloto do ensino inteligente intitulada “Apoio da
inteligência artificial no ensino, reduzindo o encargo e aumentando a
eficiência”, a fim de promover o plano e permitir que mais escolas conheçam o
ensino inteligente e incentivar a criação de um plano de serviços localizado
deste ensino. A exposição convidou a participação de várias escolas de Macau,
como a Escola Secundária Luso-Chinesa de Luís Gonzaga Gomes, o Colégio Mateus
Ricci (secundário), a Escola Secundária Pui Ching, o Colégio Yuet Wah (secção
chinesa), o Colégio de Santa Rosa de Lima – Secção Chinesa, entre outras.
Reafirmando
a aposta nos recursos educativos da inteligência artificial e o apoio da sua
aplicação pedagógica das escolas, Kong Chi Meng salientou que o Fundo
Educativo, através do Plano de Financiamento para o Desenvolvimento das
Escolas, está a apoiar as escolas na optimização dos equipamentos informáticos
e de generalização científica, tanto como dos equipamentos complementares de
que elas necessitam para a implementação dos currículos de educação da
inteligência artificial.
De
acordo com a DSEDJ, em articulação com as necessidades da reforma curricular, o
plano de financiamento para o próximo ano escolar irá “reunir mais recursos”
para apoiar as escolas na aquisição de equipamentos para a inteligência
artificial e a educação da generalização científica, criando condições para o
desenvolvimento integral do sistema curricular da educação de inteligência
artificial em Macau. O Fundo Educativo vai assim melhorar o processo de
apreciação, aprovação e actualização dos pedidos de financiamento.
“As
escolas podem ainda, através do plano de financiamento, contratar pessoal na
área das tecnologias de informação e comunicação, de forma a aliviar o peso dos
trabalhos não pedagógicos dos docentes nesta área”, observou a DSEDJ.
O
organismo disse ter reforçado a formação do pessoal docente das escolas, tendo
implementado há três anos o Plano Piloto de Ensino e Investigação Interescolar,
para que as escolas possam desenvolver, em conjunto, recursos pedagógicos
relacionados com a educação da inteligência artificial e apoiar o
desenvolvimento desta educação nas diferentes escolas locais. No corrente ano
lectivo, a DSEDJ organizou também mais de 100 cursos de formação para o pessoal
docente com conteúdo da inteligência artificial e as tecnologias de informação
e comunicação. Catarina Chan – Macau in “Ponto
Final”
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