Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 28 de junho de 2024

Bélgica - Vhils inaugura em Bruxelas mural que é mescla de revoluções europeias com enfoque na dos Cravos

O artista Alexandre Farto, conhecido como Vhils, inaugurou um mural em Bruxelas que é uma compilação de várias revoluções democráticas pela Europa, incluindo a dos Cravos, para recordar o que está em causa com o crescimento da extrema-direita.


A Rua Leopoldo, no coração de Bruxelas, ganhou ontem outra vida, com as pessoas que a percorriam a pararem para observar um mural que apareceu em apenas uma semana. Uma mulher e um cravo saltam logo à vista, mas Alexandre Farto explicou que toda a obra é uma mescla revolucionária. “Toda a obra foi um levantamento das várias revoluções e de várias histórias da Europa, tem vários elementos de padrões, tens o cravo também que tem que ver com a ligação à Revolução dos Cravos”, contou à Lusa, durante a inauguração do mural.

O rosto não é o de uma mulher só, mas “um apanhado de uma série de desenhos” que Vhils fez em Bruxelas: “Quis representar alguém no imaginário do futuro que esteja a olhar o futuro da Europa e a representar também a sua diversidade e maneira como isso nos tornou mais fortes”.

No ano de celebração do 50.º aniversário do 25 de Abril, Alexandre Farto quis enaltecer a conquista da democracia portuguesa na cidade que decide os destinos da União Europeia.

Ainda mais quando o crescimento da extrema-direita ameaça os valores europeístas, colocando em causa “todo o Estado social”, o acesso à escola pública, que Vhils frequentou, não só em Portugal, mas noutros países. “No meu atelier somos 25, há pessoas que têm histórias similares à minha, dos subúrbios de Bucareste [Roménia], da Polónia, de Espanha, de França. O estúdio também tem essa força da Europa. Era impossível fazer o meu trabalho e eu não teria tido as oportunidades que tive se não fossem as conquistas todas dos últimos anos”, sustentou.

Alexandre Farto apresenta também, a partir desta sexta-feira, no museu de arte MIMA, em Bruxelas, a exposição individual “Multitude”, sobre memória num tempo digital. “Ao esculpir paisagens urbanas, padrões e rostos, desvendo histórias humanas enterradas no nosso passado e presente coletivos”, afirmou o artista visual nas redes sociais, a propósito de “Multitude”. In “Ponto Final” – Macau com “Lusa”


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