Cerca de 150 relíquias culturais das dinastias Ming e
Qing estão em exposição no Museu de Arte de Macau (MAM) até 13 de Abril.
Segunda fase da série de exposições dedicadas ao tema “A Grande Viagem”
assinala a importância de Macau nas trocas comerciais e culturais entre A
Cidade Proibida e o mundo exterior ao longo da Rota Marítima da Seda
A
exposição “A Grande Viagem: A Cidade Proibida e a Rota Marítima da Seda” foi
inaugurada, no passado sábado, 11 de Janeiro, na galeria do 4º andar do Museu
de Arte de Macau, com cerca de 150 relíquias culturais da colecção do Museu do
Palácio relacionadas com a Rota Marítima da Seda durante as dinastias Ming e
Qing.
De
acordo com um comunicado do Instituto Cultural, a segunda fase da mega-série de
exposições dedicada ao tema “A Grande Viagem” arrancou no dia 11 de Janeiro com
as exposições “A Grande Viagem: A Cidade Proibida e a Rota Marítima da Seda” e
“Produtos Culturais e Criativos do Museu do Palácio e Área Educacional”.
“Através
da exibição multiforme de uma vasta colecção de relíquias culturais, ambas as
mostras levarão os visitantes a rememorar o auge do intercâmbio cultural entre
o Oriente e o Ocidente, bem como a apreciar a importância extraordinária da
aprendizagem mútua derivada do contacto inter-civilizacional e dos vínculos
interpessoais”, pode ler-se no comunicado do organismo.
Segundo
o Instituto Cultural (IC), a exposição “A Grande Viagem: A Cidade Proibida e a
Rota Marítima da Seda” divide-se em três secções: “Atravessando os Oceanos”,
“Influência ocidental chega a oriente” e “Eclectismo”, e apresenta um total de
quase 150 relíquias culturais provenientes do acervo do Museu do Palácio,
incluindo porcelanas, instrumentos científicos, relógios, artigos de uso diário,
peças esmaltadas, obras de caligrafia, pinturas e tecidos relacionados com a
Rota Marítima da Seda. Entre os objectos encontram-se tributos apresentados por
enviados estrangeiros, presentes e objectos trazidos por missionários
ocidentais assim como caligrafias e pinturas produzidas já na corte por esses
missionários. Para além disso, a exposição conta também com produtos comprados
ou feitos por encomenda da corte a oficinas imperiais ou provinciais com o
intuito de imitar ou adaptar criativamente os produtos importados.
Todos
os objectos em exposição são provenientes das trocas e interacções das cortes
Ming e Qing com o mundo exterior, e ilustram o papel significativo de Macau
como antigo entreposto internacional no Extremo Oriente, “bem como o esplendor
da Cidade Proibida em contraste com outras culturas ao longo da Rota Marítima
da Seda”, descreve o IC em comunicado.
Também
em exibição, a exposição “Produtos Culturais e Criativos do Museu do Palácio e
Área Educacional” irá apresentar a cultura da Cidade Proibida a partir de
diferentes perspectivas, familiarizando o público com as várias relíquias
culturais apresentadas. “Exibindo produtos culturais e criativos que evidenciam
o valor cultural intrínseco da colecção do Museu do Palácio, a mostra pretende
rejuvenescer a cultura tradicional, dando a conhecer aos visitantes a história
do intercâmbio comercial e artístico que se desenvolveu ao longo da Rota
Marítima da Seda e revelando ao mesmo tempo a vida da corte e a sua cultura.
Através
da apresentação de diferentes aspectos, incluindo edifícios da Cidade Proibida,
trajes e jóias da corte, relíquias culturais e objectos relacionados com os
mares e a astronomia usados no Palácio, relógios, os 24 termos solares e a vida
na corte, a área educacional da exposição dará a conhecer aos visitantes a
cultura que se esconde por trás dos muros vermelhos e azulejos amarelos da
Cidade Proibida”, assinala o comunicado do IC. Eduardo Santiago – Macau in “Ponto
Final”
eduardosantiago.pontofinal@gmail.com
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