O
vereador da cidade canadiana de Brampton, Paul Vicente, destacou o “contributo
dos portugueses” que é “reconhecido por outras comunidades” no desenvolvimento
daquela cidade localizada no sul do Ontário.
Paul
Vicente, de 46 anos, nasceu no Canadá, mas em 1980 mudou-se para Fátima (Ourém),
onde residiu durante quatro anos. Foi eleito em outubro de 2018 o vereador
regional dos Bairros 1 e 5 de Brampton, naquela que é considerada uma das
cidades mais multiculturais do país.
“Os
portugueses têm uma presença que é bem reconhecida pelas outras comunidades
étnicas, que pensam que os portugueses são muito trabalhadores, que participam
no dia a dia da comunidade, são empresários de sucesso, operam nos vários
setores profissionais”, afirmou o autarca.
O
antigo produtor de multimédia e de marketing realçou ainda o orgulho em
representar, juntamente com o vereador Martin Medeiros, a “comunidade
portuguesa no executivo municipal de Brampton”.
Em
termos de desafios para este ano (2020), Paul Vicente destacou a “criação de
“postos de trabalho” alterando a posição de “cidade-dormitório”.
“Queremos
manter um controlo nos custos da manutenção da cidade. Estando tão próxima de
Toronto [30 minutos], pretendemos criar oportunidades de emprego, porque
atualmente muitos dos residentes trabalham noutras partes da Grande Área de
Toronto”, sublinhou.
Uma
comitiva liderada pelo presidente da Câmara Municipal, Patrick Brown,
juntamente com os vereadores luso-canadianos Paul Vicente e Martin Medeiros,
participou na Web Summit de Lisboa, em novembro último.
O
objetivo foi o de “atrair mais investimento para o município”, tendo em conta
as suas potencialidades, quer a sua localização estratégica junto ao aeroporto
internacional de Toronto, quer a sua “população jovem e com um bom nível de
educação”.
“Temos
que passar uma melhor mensagem em termos de marketing às empresas, de que temos
acesso à educação, à saúde, uma boa qualidade de vida, e que dispomos de
incentivos como aquele que eliminamos em 2019, dos custos do desenvolvimento, a
qualquer empresa que queira construir em Brampton”, explicou.
Um
dos objetivos dos responsáveis autárquicos é a criação de uma universidade
local que vai proporcionar aos jovens locais a sua formação, de forma a que
estes se “possam fixar” na cidade.
A
Universidade de Brampton, que necessita do apoio financeiro do governo
provincial, pretende iniciar o ano letivo de 2022 recebendo cerca de 30 mil
estudantes em áreas como a ciência e engenharia, matemática, sendo o currículo
STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) um ponto de partida.
Desde
2014 que a Universidade de Algoma dispõe de um polo na cidade, com 1200 alunos,
disponibilizando um curso de administração empresarial, e está prevista a sua
expansão na baixa da cidade, com um financiamento da autarquia no valor de 7,3
milhões de dólares canadianos (5 milhões de euros).
Caberá
à instituição de ensino contribuir com os restantes 27 milhões de dólares (18,5
milhões de euros) necessários para esse desenvolvimento.
Em
2019 a Universidade de Ryerson de Toronto abriu na cidade a Escola de Estudos
Continuados ‘Chang’, estando previsto no próximo ano letivo (2020) a
disponibilização de um curso de segurança cibernética.
Segundo
dados do recenseamento canadiano de 2016, dos 593 638 residentes de Brampton,
52 por cento (308 780) não nasceram no Canadá, sendo as principais comunidades
provenientes da Índia, Sri Lanka, Paquistão e Filipinas.
Viviam
nessa altura na cidade 10.590 portugueses, mas calcula-se que hoje são mais de
20 mil. In “Bom dia Europa” - Luxemburgo
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