A inauguração da exposição “A Cidade Proibida e a Rota
Marítima da Seda” acontece já no próximo sábado no Museu de Arte de Macau (MAM)
e apresenta mais de 100 relíquias culturais do auge do intercâmbio entre
civilizações
“Macau
foi sem dúvida um núcleo da Rota Marítima da Seda. Após os feitos portugueses
na Era dos Descobrimentos, no final do século XV, Macau tornou-se um porto de
trânsito entre a China e o Sudeste Asiático, Japão e Europa, e uma importante
plataforma para trocas comerciais, científicas, artísticas e religiosas.
Durante as dinastias Ming e Qing, missionários e pintores ocidentais que mais
tarde serviriam na corte interna chinesa entraram na China continental sempre a
partir de Macau”, recorda Chan Kai Chon, presidente do Instituto Cultural (IC)
na nota de abertura da exposição publicada no portal online do MAM.
Para
lá e para cá, o mundo nunca mais foi o mesmo e, felizmente, há objectos que
podem fazer prova disso mesmo. O Museu de Arte de Macau (MAM) abre portas já no
próximo sábado à segunda fase da mega-série de exposições dedicada ao tema “A
Grande Viagem”, que inclui as exposições, “A Cidade Proibida e a Rota Marítima
da Seda” e “Produtos Culturais e Criativos do Museu do Palácio e Área
Educacional” para apresentar uma vasta colecção de relíquias culturais que
testemunharam a “época dourada” da Rota da Seda.
Apresentando
um total de quase 150 relíquias culturais de grande valor provenientes do
acervo do Museu do Palácio, incluindo porcelanas, instrumentos científicos,
relógios, artigos de uso diário, peças esmaltadas, obras de caligrafia,
pinturas e tecidos relacionados com a Rota Marítima da Seda, a exposição “A
Cidade Proibida e a Rota Marítima da Seda” divide-se em três secções:
“Atravessando os Oceanos”, “Influência ocidental chega a oriente” e “Eclectismo”.
As
peças da colecção representam “frutos das trocas e interacções das cortes Ming
e Qing com o mundo exterior, ilustrando o papel significativo de Macau como
antigo entreposto internacional no Extremo Oriente”, pode ler-se num comunicado
oficial.
Este
conjunto de relíquias culturais inclui sobretudo tributos apresentados por
enviados estrangeiros, presentes e objectos trazidos por missionários
ocidentais e caligrafia e pinturas produzidas já na corte por esses
missionários, bem como vários produtos comprados ou feitos por encomenda da
corte ou por oficinas imperiais ou provinciais, imitando e adaptando criativamente
os produtos importados.
Tesouros ocultos
Já
a exposição “Produtos Culturais e Criativos do Museu do Palácio e Área
Educacional” pretende dar a conhecer a cultura que se esconde por trás dos
muros da Cidade Proibida a partir de diferentes perspectivas e “através da
apresentação de diferentes aspectos, incluindo trajes e joias da corte,
relíquias culturais e objectos relacionados com os mares e a astronomia usados
no Palácio, relógios, os 24 termos solares e a vida na corte”.
Exibindo
produtos culturais e criativos que evidenciam o valor cultural intrínseco da
colecção do Museu do Palácio, a mostra pretende rejuvenescer a cultura
tradicional, dando a conhecer aos visitantes a história do intercâmbio
comercial e artístico que se desenvolveu ao longo da Rota Marítima da Seda e
revelando ao mesmo tempo a vida da corte e a sua cultura.
“Macau
foi sem dúvida um núcleo da Rota Marítima da Seda. Após os feitos portugueses
na Era dos Descobrimentos, no final do século XV, Macau tornou-se um porto de
trânsito entre a China e o Sudeste Asiático, Japão e Europa, e uma importante
plataforma para trocas comerciais, científicas, artísticas e religiosas.
Durante as dinastias Ming e Qing, missionários e pintores ocidentais que mais
tarde serviriam na corte interna chinesa entraram na China continental sempre a
partir de Macau”, disse na nota oficial da exposição, em jeito de remate, Chan
Kai Chon. Pedro Arede – Macau in “Hoje Macau”
Sem comentários:
Enviar um comentário