As autoridades eleitorais anunciaram a vitória do
ex-primeirio-ministro e general reformado Umaro Sissoco Embaló no pleito de 29
de dezembro. O presidente eleito, pertencente ao partido Movimento para a
Alternância Democrática, Madem-G15, obteve 53,55% dos votos, numa votação que
teve quase um terço de abstenções. O vencedor da primeira volta, Domingos
Simões Pereira, do maior partido político guineense, PAIGC, obteve 46,45% dos
votos válidos
O
enviado especial do secretário-geral à África Ocidental, Mohamed Ibn Chambas,
felicitou a Comissão Eleitoral da Guiné-Bissau pelo anúncio dos resultados das
eleições presidenciais de 29 de dezembro.
Nesta
quinta-feira, o órgão proclamou o candidato Umaro Sissoco Embaló do Movimento
para a Alternância Democrática, Madem-G15, como vencedor da corrida eleitoral.
Clima
O
presidente-eleito é major-general na reserva e antigo primeiro-ministro. Obteve
53,55% dos votos válidos após disputar a segunda volta com o também
ex-primeiro-ministro Domingos Simões Pereira que obteve 46,45%. Simões Pereira
era o candidato do maior partido político da Guiné-Bissau, PAIGC e foi o
vencedor da primeira volta com mais de 40% dos votos válidos.
De
acordo com autoridades eleitorais, o índice de abstenção foi superior a 27% e maior
do que na primeira volta, quando um quarto dos eleitores não compareceu às
urnas.
Chambas
esteve no país acompanhando as atividades do pleito entre 28 a 31 de dezembro.
O enviado elogiou os guineenses pelo “bom andamento das eleições e pelo clima
pacífico que prevaleceu durante todo o processo eleitoral”.
O
também chefe do Escritório da ONU para a África Ocidental e o Sahel, Unowas,
elogiou os dois candidatos pela “tolerância e elegância em aceitar os
resultados”. O representante apelou ainda a todos os membros das forças
políticas que continuem mostrando “maturidade e moderação durante este período
pós-eleitoral”.
Denúncias
De
acordo com agências de notícias, logo após o resultado, na quarta-feira, o candidato
derrotado Domingos Simões Pereira contestou o apuramento afirmando que houve
denúncias de irregularidades em algumas partes do país. Disse que levará o tema
à liderança do PAIGC para estudar que providências jurídicas a tomar.
Nesta
quinta-feira, Simões Pereira publicou numa rede social que “está em paz”
consigo próprio com a sua consciência e a sua razão. Afirmou que a sua agenda é
a Guiné-Bissau e que a luta irá continuar.
Desenvolvimento
A
nota do enviado especial da ONU destaca que a Comissão Eleitoral teve uma
condução exemplar do processo, o que segundo Chambas “marca um importante passo
à frente no desenvolvimento democrático da Guiné-Bissau”.
O
enviado concluiu reiterando o compromisso das Nações Unidas de continuar a
apoiar o governo e o povo da Guiné-Bissau nos seus esforços para consolidar a
paz e o desenvolvimento na nação africana de língua portuguesa. ONU News –
Nações Unidas
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