Maputo
– O Presidente de Cabo Verde afirmou em Maputo, que Moçambique é uma referência
democrática na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP), defendendo que
seria desejável que os resultados das eleições fossem aceites por todas as
forças políticas.
“O
facto de haver eleições pluralistas com regularidade é uma condição e um sinal,
uma referência de sistemas políticos democráticos”, declarou Jorge Carlos
Fonseca, numa entrevista à agência Lusa.
O
chefe de Estado cabo-verdiano assistiu na quarta-feira à investidura de Filipe
Nyusi para o segundo e último mandato como Presidente da República.
Sobre
se a contestação dos resultados eleitorais pelos dois principais partidos da
oposição pode tirar legitimidade a Filipe Nyusi e ao seu partido, Frente de
Libertação de Moçambique (Frelimo), Jorge Carlos Fonseca negou essa ideia,
assinalando que as eleições gerais de 15 de Outubro foram observadas por
centenas de organizações nacionais e internacionais.
“Pelas
informações que nós temos, elas [as eleições] foram consideradas eleições
livres e justas”, vincou Jorge Carlos Fonseca.
O
Presidente cabo-verdiano defendeu que seria desejável que os resultados das
eleições gerais fossem aceites por todas as forças políticas.
“É
claro que seria sempre desejável que, em eleições democráticas, os resultados
sejam aceites por todos, é o desejável”, frisou.
Sobre
os focos de violência armada nas regiões Centro de Norte de Moçambique, o
Presidente de Cabo Verde manifestou preocupação com a situação, advogando a
identificação da raiz do problema.
“Não
escondo que acompanho com preocupação e sei que o Presidente Filipe Nyusi está
empenhado na solução, até porque a paz esteve no centro do seu discurso de
investidura. Acho que devem ser encontradas as causas mais profundas do
problema”, referiu Jorge Carlos Fonseca.
Filipe
Nyusi foi reconduzido em mais um mandato na chefia do Estado moçambicano e a
Frelimo venceu com uma maioria qualificada as eleições legislativas e
provinciais, no sufrágio universal realizado em 15 de Outubro do ano passado.
A Resistência Nacional
Moçambicana (Renamo), principal partido da oposição, e o Movimento Democrático
de Moçambique (MDM) rejeitam os resultados eleitorais, alegando fraude, e
boicotaram a investidura de Filipe Nyusi. In “Inforpress” – Cabo Verde
com “Lusa”
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