O Instituto Português do Oriente, a Universidade de Macau
e o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua Portuguesa estão em
negociações sobre um concurso de tradução para jovens que vai arrancar este
ano. A informação foi avançada no seguimento da assinatura de um protocolo com
o intuito de reforçar a cooperação entre as diferentes entidades
Foi assinado um protocolo entre o Instituto Português do Oriente (IPOR), a
Universidade de Macau (UM) e o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua
Portuguesa, I.P., que procura renovar a cooperação. “Temos uma colaboração de
longa data com o IPOR, há mais de 30 anos. São instituições que estão em Macau
há muito tempo, mas achou-se por bem reforçar esta colaboração para o futuro, e
daí se ter renovado este protocolo, quer com o Instituto Camões quer com o
IPOR”, disse Rui Martins, vice-reitor para os Assuntos Globais da UM. Neste
âmbito, avançou que será organizado este ano um concurso para jovens
tradutores.
“A
ideia é tentar encontrar gente vocacionada para fazer tradução, sobretudo
tradução literária, e numa primeira fase nas áreas da poesia e dos textos (…)
como a crónica, que de facto permitem uma entrada neste mundo, nestas
metodologias da tradução”, explicou Joaquim Ramos. O director do IPOR
acrescentou que o concurso será tutelado por académicos reconhecidos e que
anualmente, “à medida que for sendo lançado o respectivo concurso, será dado o
tema para que trabalhem os candidatos”.
De
momento a fase negocial encontra-se a ser concluída, tendo sido já decidido que
haverá tópicos rotativos. “Um ano será para a poesia, um ano para a crónica,
outro para o conto. E, portanto, a muito breve prazo formalizaremos as
negociações e avançamos para a abertura do concurso”, comentou. A competição
será feita para traduções Português-Chinês e vice-versa.
Esta
é uma das actividades complementares culturais que se prevê no acordo, para
além de pontos como o desenvolvimento da Língua Portuguesa para fins
específicos. “São áreas que temos vindo a explorar com a Universidade de Macau,
a língua portuguesa jurídica, médica, para jornalistas”, enunciou Joaquim
Ramos.
Relativamente
ao protocolo assinado no centro de formação bilingue da Universidade de Macau,
Joaquim Ramos disse que “não podemos senão aproveitar a oportunidade e explorar
todas as potencialidades que este protocolo possa vir a trazer”.
Por
sua vez, o vogal do Conselho Directivo do Camões, I.P., João Laurentino Neves,
indicou que, com a entrada do organismo no acordo, se pretende colocar à
disposição das duas outras instituições “ferramentas, saberes, experiências,
que num nível mais global e multifacetado nós temos de desenvolvimento de apoio
a programas de desenvolvimento ao ensino da língua portuguesa no mundo”.
Nesse
sentido, destacou as competências do Camões I.P. na gestão da rede de Ensino de
Português no Estrangeiro, que abrange actualmente cerca de 80 países, bem como
o caminho para procurar chegar a 40 países onde a o português seja língua
curricular no ensino não superior. Para João Neves, as ferramentas
desenvolvidas para esse tipo de apoio e programas são também “úteis” localmente
para a estratégia conjunta de cooperação em causa. Salomé Fernandes – Macau in “Jornal Tribuna
de Macau”
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