Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

domingo, 5 de janeiro de 2020

Portugal – Ruído, a lei existe, as autoridades não a fazem cumprir

Portugal é o quarto país da União Europeia onde se sofre mais com o barulho das casas ao lado ou da rua, revela o Eurostat



Quase um quinto (18,3%) da população da União Europeia (UE) queixou-se que sofria com o ruído vindo das casas dos seus vizinhos ou da rua em 2018, revela um estudo do Eurostat.

Portugal é o quarto país entre os estados membros com maior número de queixas enquanto o Luxemburgo se encontra em 9º lugar entre os estados membros.

Pior mesmo estão os habitantes de Malta (28%), da Alemanha (27,8%) e Holanda (27,1%), que ocupam os três primeiros lugares desta classificação barulhenta da UE.

Nestes três países um em cada quatro residentes diz sofrer com o barulho vindo do exterior, seja feito por quem vive paredes meias, ou vindo da rua.

Logo a seguir vem Portugal, com 23% dos inquiridos a queixarem-se deste problema, a Roménia (20,1%), Reino Unido (19,8%) e Chipre (19,6%).

O Luxemburgo e a Grécia, ambos 19,3%, encontram-se na 9ª posição.

Mais queixas entre os mais novos e sem filhos

Curiosamente, são as pessoas mais novas e que vivem sozinhas a quem mais incomoda os ruídos dos outros vizinhos ou do exterior. De acordo com o Eurostat, 26,6% das pessoas solteiras com menos de 65 anos queixou-se contra 15,7% das pessoas com mais de 65 anos.

E enquanto quase 21,8% das pessoas solteiras afirmaram ter sido perturbadas pelo barulho, esta percentagem diminuiu nas famílias com dois adultos (18,7%) e ainda mais nas famílias compostas por três ou mais adultos (16,2%).

Da mesma forma, as famílias sem crianças dependentes (19,0%) queixaram-se mais do que aquelas que têm crianças (17,2%).

Sem surpresas é o facto que os vizinhos barulhentos e dos barulhos da rua incomodarem muito mais as pessoas que vivem nas cidades (24,1%) do que quem habita no campo (11%). As queixas na cidade são mais do dobro. In “Contacto” e "Lux 24" - Luxemburgo



Em Portugal, as autoridades estão vocacionadas em fazer cumprir a lei, quanto ao automóvel diz respeito, mas quanto ao ruído atuam numa tentativa de prevenção, não identificando nem autuando o prevaricador, esquecendo-se que não havendo uma punição, o autor do ruído sente-se à vontade para voltar a repetir, prejudicando normalmente quem trabalha e que tem o direito ao merecido descanso. Baía da Lusofonia


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