Portugal é o quarto país da União Europeia onde se sofre
mais com o barulho das casas ao lado ou da rua, revela o Eurostat
Quase
um quinto (18,3%) da população da União Europeia (UE) queixou-se que sofria com
o ruído vindo das casas dos seus vizinhos ou da rua em 2018, revela um estudo
do Eurostat.
Portugal
é o quarto país entre os estados membros com maior número de queixas enquanto o
Luxemburgo se encontra em 9º lugar entre os estados membros.
Pior
mesmo estão os habitantes de Malta (28%), da Alemanha (27,8%) e Holanda
(27,1%), que ocupam os três primeiros lugares desta classificação barulhenta da UE.
Nestes
três países um em cada quatro residentes diz sofrer com o barulho vindo do
exterior, seja feito por quem vive paredes meias, ou vindo da rua.
Logo
a seguir vem Portugal, com 23% dos inquiridos a queixarem-se deste problema, a
Roménia (20,1%), Reino Unido (19,8%) e Chipre (19,6%).
O
Luxemburgo e a Grécia, ambos 19,3%, encontram-se na 9ª posição.
Mais queixas entre os mais novos e sem filhos
Curiosamente,
são as pessoas mais novas e que vivem sozinhas a quem mais incomoda os ruídos
dos outros vizinhos ou do exterior. De acordo com o Eurostat, 26,6% das pessoas
solteiras com menos de 65 anos queixou-se contra 15,7% das pessoas com mais de
65 anos.
E
enquanto quase 21,8% das pessoas solteiras afirmaram ter sido perturbadas pelo
barulho, esta percentagem diminuiu nas famílias com dois adultos (18,7%) e
ainda mais nas famílias compostas por três ou mais adultos (16,2%).
Da
mesma forma, as famílias sem crianças dependentes (19,0%) queixaram-se mais do
que aquelas que têm crianças (17,2%).
Sem
surpresas é o facto que os vizinhos barulhentos e dos barulhos da rua
incomodarem muito mais as pessoas que vivem nas cidades (24,1%) do que quem
habita no campo (11%). As queixas na cidade são mais do dobro. In “Contacto” e "Lux 24" - Luxemburgo
Em
Portugal, as autoridades estão vocacionadas em fazer cumprir a lei, quanto ao
automóvel diz respeito, mas quanto ao ruído atuam numa tentativa de prevenção,
não identificando nem autuando o prevaricador, esquecendo-se que não havendo
uma punição, o autor do ruído sente-se à vontade para voltar a repetir,
prejudicando normalmente quem trabalha e que tem o direito ao merecido descanso.
Baía da Lusofonia
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