Conflitos de liderança e de poder nas etapas do processo político de São Tomé e Príncipe estão retratados no documentário “Sombras do Poder” de Nilton Medeiros e Jerónimo Moniz, que terá estreia em Portugal e será apresentado no auditório da UCCLA, no dia 18 de janeiro, às 17 horas.
A
apresentação estará a cargo de Augusto Nascimento e Alcídio Montoya, com música
de Tonecas Prazeres.
O
documentário “Sombras do Poder” está inserido no Projeto “São Tomé e Príncipe
Retalhos de uma História”, da autoria de Nilton Medeiros e Jerónimo Moniz.
Relata um conjunto de acontecimentos que a sociedade santomense e não só, têm
refletidos durante mais de 40 anos. Muito se tem escrito e dito, algumas vezes
marcado por preconceitos ideológicos, outras simplesmente pelo oportunismo do
politicamente correto. No documentário “Sombras do Poder” cada
personagem tem a sua verdade, sem pretender ser a verdade absoluta.
A
entrada é livre. Não falte!
Sinopse:
Conflitos
de liderança e poder fazem parte de todas as etapas do processo político de São
Tomé e Príncipe.
Com
a proclamação da independência em 12 de julho de 1975, o novo estado instala o
poder num regime de partido único, dando início a uma governação caracterizada
pela asfixia de opositores.
O
clima de desconfiança e traição entre os camaradas foi aumentando cada vez
mais, ninguém ousava manifestar a sua voz e exprimir a sua opinião.
Acusados
pelo tribunal especial para Atos Contra-Revolucionários de tentativa de golpe
de estado, muitos cidadãos foram parar a prisão, sofrendo torturas psicológicas
e físicas para confessar e denunciar alegados cúmplices.
Na
década de noventa, o regime não vê outro caminho se não o de abertura política,
São Tomé e Príncipe veria a ser o primeiro país da África lusófona a declarar
mudança para a democracia multipartidária.
Nos
anos que se seguiram, o país foi ensombrado com algumas tentativas de golpes de
estado militar, mas sempre com o final feliz: Negociações, memorando e
amnistia.
"Sombras
do Poder" resgata a teia de contradição e conspiração que tiveram o
seu início na primeira república na voz das vítimas e protagonistas.
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