O
Brasil registrou a criação de 644 mil vagas de emprego formal no ano passado,
21,63% a mais que o registrado em 2018. De acordo com o Ministério da Economia,
é o maior saldo de emprego com carteira assinada em números absolutos desde
2013.
Dados
do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados no dia 24,
mostram que o estoque de empregos formais chegou a 39 milhões de vínculos. Em
2018, esse número tinha ficado em 38,4 milhões.
Todos
os oitos setores da economia registraram saldo positivo no último ano. O
destaque ficou com o setor de serviços, responsável pela geração de 382,5 mil
postos. No comércio, foram 145,4 mil novas vagas e na construção civil, 71,1
mil. O menor desempenho foi o da administração pública, com 822 novas vagas.
No
recorte geográfico, as cinco regiões fecharam o ano com saldo positivo. O
melhor resultado absoluto foi o da Região Sudeste, com a criação de 318,2 mil
vagas. Na Região Sul, houve abertura de 143,2 mil postos; no Nordeste, 76,5
mil; no Centro-Oeste, 73,4 mil; e no Norte, 32,5 mil. Considerando a variação
relativa do estoque de empregos, as regiões com melhores desempenhos foram Centro-Oeste,
que cresceu 2,30%; Sul (2,01%); Norte (1,82%); Sudeste (1,59%) e Nordeste
(1,21%).
Em
2019, o saldo foi positivo para todas as unidades da federação, com destaque
para São Paulo, com a geração de 184,1 mil novos postos, Minas Gerais, com 97,7
mil, e Santa Catarina, com 71,4 mil.
De
acordo com o Caged, também houve aumento real nos salários. No ano, o salário
médio de admissão foi de R$ 1626,06 e o salário médio de desligamento, de R$ 1791,97.
Em termos reais (considerado o deflacionamento pelo Índice Nacional de Preços
ao Consumidor, o INPC), registrou-se crescimento de 0,63% para o salário médio
de admissão e de 0,7% para o salário de desligamento, na comparação com
novembro do ano passado.
Novas regras
Segundo
os dados divulgados, em 2019 houve 220,5 mil desligamentos mediante acordo
entre empregador e empregado. Os desligamentos ocorreram principalmente em
serviços (108,8 mil), comércio (53,3 mil) e indústria de transformação (35
mil).
Na
modalidade de trabalho intermitente, o saldo ficou positivo em 85,7 mil
empregos. O melhor desempenho foi do setor de serviços, que fechou 2019 com
39,7 mil novas vagas. No comércio, o saldo ficou em 24,3 mil postos; na
indústria da transformação, 10,4 mil; e na construção civil 10 mil. As
principais ocupações nessa modalidade foram a de assistente de vendas, repositor
de mercadorias e vigilante.
Já
no regime de tempo parcial, o saldo de 2019 chegou a 20,3 mil empregos. Os
setores que mais contrataram nessa modalidade foram serviços, 10,6 mil;
comércio, 7,7 mil; e indústria de transformação, 1,2 mil. As principais
ocupações foram a de repositor de mercadorias, operador de caixa e faxineiro.
Dados de dezembro
Já
no mês de dezembro, o saldo de novos empregos foi negativo. Segundo o
Ministério da Economia, o resultado ocorre todos os anos. “Trata-se de uma
característica do mês, devido aos desligamentos dos trabalhadores temporários
contratados durante o fim de ano, além da sazonalidade naturalmente observada
nos setores de serviços, indústria e construção civil”, informou a pasta.
No
último mês de 2019, o saldo ficou negativo em 307,3 mil vagas. Em 2018, o saldo
de dezembro havia sido de 334,4 mil vagas fechadas. Os maiores desligamentos
foram no setor de serviços, com menos 113,8 mil vagas, e na indústria de
transformação, com redução de 104,6 mil postos de trabalho. O comércio foi o
único a apresentar saldo positivo, com 19,1 mil vagas criadas.
Na
modalidade de trabalho intermitente, o saldo também foi positivo: 8,8 mil novas
vagas em dezembro. Comércio e serviços dominaram as contratações com saldos de
3,7 mil e 3,1 mil novos postos, respectivamente. Já o trabalho parcial teve
déficit de 2,2 mil vagas no mês passado. In “Mundo
Lusíada” – Brasil com “EBC”
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