A
mostra, que fica patente até o final do próximo mês, traz à apreciação do
público um conjunto de 16 trabalhos de pintura, da autoria de criadores da
década de 1940, como António Ole, Kapela, Francisco Van-Dúnem “Van” e Gonga.
Além
de quadros de “kotas”, a exposição inclui ainda trabalhos de artistas da nova
geração, que estão a conquistar espaço no mercado, como Fineza Teta, a única
mulher a vencer o prémio ENSA-Arte, na categoria de pintura, Guilherme Mampuya,
Paulo Kussy, Francisco Vidal, Ricardo Kapuka, Januário Jano, Mumpasi Meso,
Uófole Alcides Malayka, Armando Scoott, Binelde Hyrca e Cristiano Mangovo,
vencedor da última edição do grande prémio de pintura ENSA-Arte.
A
exposição, que tem entradas grátis, marcou, também, a inauguração do Talatona
Art, um novo espaço para a exposição, aberto no Talatona Shopping,
em Luanda.
A
cerimónia contou ainda com a actuação do músico Kizua Gourgel.
Os
organizadores explicaram que o novo espaço foi criado com o objectivo de
valorizar e apostar na arte contemporânea angolana, assim como criar um maior
intercâmbio entre as gerações de artistas, através da criação artística.
Para
Paulo Kussy, a abertura do espaço vai ajudar a colmatar o problema da falta de
salas em Luanda, um dos grandes problemas da classe artística, ainda em
dificuldades para expor os seus trabalhos. “Para haver um mercado de arte é
preciso antes existirem espaços adequados onde os artistas podem mostrar as
actuais tendências e conquistar mais público”, disse.
O
artista acredita que o sucesso do espaço está na localização, um shopping
center.
“É
uma mais-valia para todos, inclusive os expositores, porque é um local agitado,
com constante movimento de pessoas, logo é garantia de um novo tipo de público
para as produções artísticas nacionais”.
Por
isso, o artista acredita que é altura de espaços do género e outros, onde a
afluência do público é constante, deveriam aproveitar mais as criações artísticas
para, simultaneamente, difundirem os trabalhos destes e promoverem o espaço.
“Mas a iniciativa não pode se limitar apenas a capital. É preciso que outras
províncias do país também possam desfrutar de locais assim”, defendeu.
Fineza
Teta, a única mulher convidada a participar na mostra, considerou uma honra
dividir espaço com os “kotas” das artes plásticas. “É uma grande oportunidade
para receber mais experiências”, disse, além de aconselhar os jovens criadores
a apostarem forte na produção de trabalhos de qualidade, de forma a conseguirem
se impor num mercado, como o angolano, actualmente bem mais exigente.
Com
uma agenda cheia para este ano, Fineza Teta informou que tem recebido vários
convites para participar em diversas actividades colectivas, no país e
estrangeiro. Porém, apesar dos convites, adiantou que está a preparar, para o
mês de Março, possivelmente, uma exposição individual. In “TPA” -
Angola
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