Bissau
- O candidato do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde
(PAIGC) às eleições presidenciais, Domingos Simões Pereira, afirmou que o actual
momento político facilita a acção do seu partido, porque é herdeiro dum
pensamento político, o pensamento de Amílcar Cabral.
Domingos
Simões Pereira que falava domingo num comício de campanha eleitoral para as
eleições presidenciais disse que, quem quer herdar Amílcar Cabral tem que falar
só numa coisa, aquilo que Cabral ensinou: unidade nacional, unidade de todos as
cores, religiões, da raça e de todas as diferenças que existem na Guiné-Bissau,
porque isso é que “faz as pessoas serem guineenses”.
"Amílcar
Cabral dizia que para lutar temos que nos unir, mas quando estamos unidos temos
que ter desafios e ser capazes de saber quais são os desafios que vamos enfrentar,
não é enfrentar um desafio onde uns se vão juntar para serem melhor que
outro", disse Domingos Simões Pereira.
Para
o candidato dos Libertadores, uma das primeiras responsabilidades que um
presidente deve assumir é a capacidade de saber inclinar-se perante aqueles que
deram a liberdade e sacrificaram as suas juventudes para hoje os guineenses
terem um nome, uma bandeira e uma nacionalidade.
O
segundo elemento mais importante que deve ocupar a agenda dum presidente da
república é combater a desigualdade: “um país não pode ir para frente quando
existe um grupo que tem oportunidades e outros que se sentem marginalizados”.
“Quem
governa é governo, quem legisla é a assembleia, quem faz a justiça é o supremo
tribunal e os tribunais sectoriais, mas o Presidente da República tem que
prestar atenção, caso um grupo esteja sendo marginalizado, porque todos são
filhos da Guiné-Bissau e têm os mesmos direitos e oportunidades”, afirmou.
Domingos
Simões Pereira disse que hoje tem de se reconhecer a desigualdade da sociedade
guineense, onde as oportunidades não chegam para todos da mesma forma e que o
presidente da república tem que ter a ousadia de dizer que as crianças antes de
atingirem 6 anos de idade precisam da protecção.
Para Domingos Simões Pereira deve existir leis e o presidente da república tem que
ter a coragem de falar com a Assembleia
Nacional Popular para criar uma legislação que protege as crianças antes de
atingirem os seis anos de idade, “porque
quando um criança morre nas mãos da mãe, não pode ser considerado só um
problema dos seus pais, mas sim da sociedade”.
Para
o candidato apoiado pelo PAIGC, a sociedade guineense continua a ser muito
desigual porque as mulheres não têm as mesmo oportunidades que os homens. In “Agência
de Notícias da Guiné” - Guiné-Bissau
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