Fototropismo artificial
Painéis
solares poderão trocar as tradicionais células solares por fileiras de pequenos
girassóis artificiais, que se inclinam automaticamente em direção à luz.
Como
eles se movimentam autonomamente, a equipe da Universidade da Califórnia de Los
Angeles batizou seu girassol artificial de SunBOT, uma contração de sol e robô.
Cada
SunBOT consiste em um "caule" feito de um material que reage à luz,
que se movimenta por fototropismo, e uma "flor" de captação de
energia na parte superior, feita a partir de um material absorvedor de luz
comumente usado em células solares.
Cada
SunBOT tem menos de 1 milímetro de largura.
Quando
o caule é exposto à luz, a parte que é iluminada aquece e encolhe, fazendo o
SunBOT se dobrar e apontar a flor artificial em direção à luz. A haste pára de
dobrar quando o SunBOT está alinhado com a luz porque a curvatura cria uma
sombra que permite que o material esfrie e pare de encolher.
Outras
equipes já haviam criado substâncias artificiais que acompanham a luz, mas
essas substâncias tipicamente se movem e param. Já os SunBOTs se autorregulam,
movendo-se continuamente para a posição ideal para absorver a luz solar. Isto
permitiu à equipe afirmar que seus caules de girassol artificiais são os
primeiros materiais artificiais a apresentar fototropismo.
A
equipe fabricou painéis solares com e sem o material flexível, o que revelou
que os SunBOTs foram capazes de captar até 400% mais energia solar do que as
"flores" sem cabo. In “Inovação Tecnológica” - Brasil
Bibliografia:
Artigo: Artificial
phototropism for omnidirectional tracking and harvesting of light
Autores: Xiaoshi Qian, Yusen
Zhao, Yousif Alsaid, Xu Wang, Mutian Hua, Tiphaine Galy, Hamsini Gopalakrishna,
Yunyun Yang, Jinsong Cui, Ning Liu, Michal Marszewski, Laurent Pilon, Hanqing
Jiang, Ximin He
Revista: Nature Nanotechnology
Vol.: 14, pages 1048-1055
DOI:
10.1038/s41565-019-0562-3
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