DÍLI
— A Comissária Nacional dos Direitos da Criança, Dinorah Granadeiro, disse que
o Ministério da Solidariedade Social e Inclusão realizou um seminário sobre o
Dia Mundial da Criança, subordinado ao tema Estadu no Parte Hotu Investe atu
Labarik Goza Sira-Nia Direitu, com vista à celebração dos direitos das
crianças.
Além
da comemoração deste dia, teve ainda lugar a abertura do processo de seleção de
crianças que representarão o Estado timorense em Banguecoque, na Tailândia, no
âmbito da celebração do Dia Mundial da Criança a nível regional.
“Neste
processo de seleção, vamos tentar encontrar duas crianças – uma rapariga e um
rapaz, para que possam representar o Estado timorense na celebração dos 30 anos
desta convenção a nível regional, em Banguecoque”, disse a Comissária Nacional
dos Direitos das Crianças, Dinorah Granadeiro, em declarações aos jornalistas,
no salão da Luz Clarita.
No
âmbito da celebração deste dia, Timor-Leste pretende efetuar o lançamento de
duas campanhas nacionais no próximo dia 25 de novembro, uma associada ao tema da
violência contra as crianças e outra centrada na proibição de efetuar compras a
crianças.
“Iremos
lançar estas duas campanhas. Uma referente ao tema da violência contra as
crianças, porque registamos um número elevado de casos de maus tratos. A outra
campanha pretende impedir que pessoas possam comprar bens às crianças que
vendem os seus produtos nas ruas da cidade de Díli. Então, queremos
sensibilizar os pais para que não obriguem os seus filhos a venderem bens para
obter rendimento familiar. As crianças não têm obrigação de procurar rendimento
para a família”, referiu.
“Se
as pessoas se habituarem a não comprar os bens que as crianças vendem nas ruas,
estas acabarão por desistir de vender.
Por isso, vamos sensibilizar e educar a população para que evitem
comprar às crianças,” acrescentou.
Dinorah
destacou ainda a importância de todas as crianças usufruírem de momentos de
lazer, no gozo dos seus plenos direitos, de frequentarem a escola, entre
outros.
Segundo
a Comissária Nacional dos Direito das Crianças, apesar de o rendimento familiar
em Timor-Leste ser inferior a de muitos países, abaixo dos padrões exigíveis,
não significa que os pais tenham de obrigar os seus filhos a trabalharem para
garantir o sustento familiar. Aumentar o rendimento familiar, para Dinorah, é o
dever de qualquer pai. Felicidade Ximenes – Timor-Leste in “Tatoli”
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