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aos desafios que as fileiras do setor agroalimentar da região Centro enfrentam,
através de uma estratégia de desenvolvimento territorial alicerçada na
caracterização, conservação e valorização dos recursos genéticos endógenos, é o
grande objetivo da rede de competências CULTIVAR (https://icultivar.pt/), que obteve
financiamento de 2,3 milhões de euros do Programa Operacional Centro 2020.
O
projeto é liderado pela Universidade de Coimbra (UC) e tem como parceiros o
Instituto Pedro Nunes (IPN), o Centro de Apoio Tecnológico Agroalimentar
(CATAA) e o Instituto Politécnico de Castelo Branco (IPCB).
A
rede de competências CULTIVAR será apresentada na próxima quarta-feira, dia 27
de novembro, pelas 15h30m, no Centro de Empresas Inovadoras de Castelo Branco
(CEi), no âmbito do congresso Inovaction, e contará com a participação
da Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, e com representantes de todas
as instituições que compõem o consórcio.
Para
Helena Freitas, coordenadora do Centro de Ecologia Funcional (CFE) e líder do
projeto, «a degradação ambiental, a pressão sobre os recursos naturais e as
alterações climáticas confrontam as sociedades com inúmeros desafios, os quais
requerem conhecimento, criatividade e inovação, sendo ainda necessária uma
profunda mudança social. Assim, é fundamental adotarmos uma abordagem sistémica
na investigação e na intervenção do território, promovendo o desenvolvimento de
metodologias e soluções inovadoras, economicamente viáveis, focadas na
segurança alimentar e numa produção ambiental e socialmente sustentável com uma
base integradora do funcionamento dos agroecossistemas e que contemple todas as
suas dimensões».
A
professora catedrática da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de
Coimbra (FCTUC) reforça que, «em virtude das condições inerentes à matriz
territorial da região Centro, e da sua elevada vulnerabilidade face aos
diversos cenários de alterações climáticas, há necessidade de abordar o
território de forma disruptiva e diferenciadora».
«Em
resultado de sinergias criadas anteriormente foi possível criar um consórcio
regional de instituições de IC&DT relevantes no setor agroalimentar, e que
possuem todas as condições físicas e competências técnicas para desenvolver
projetos de investigação disruptiva e consequente transferência da inovação
para o mercado», sublinha ainda Helena Freitas.
Por
sua vez, Joana Costa, investigadora do CFE e diretora executiva do projeto,
nota que «o projeto está assente numa visão holística que integra as dimensões
ambientais, sociais e económicas com o objetivo de valorizar os recursos
genéticos endógenos da região Centro e os processos que os suportam, de modo a
alavancar de forma sustentável o setor agroalimentar».
«O
projeto pretende valorizar e dotar os polos de competência existentes na região
Centro de conhecimentos em áreas estratégicas, com consequente fixação de
recursos humanos altamente especializados, ao mesmo temo que promove e
consolida a colaboração entre instituições de ciência, tecnologia e ensino
superior e o cluster agroalimentar, numa perspetiva assente na inter e
transdisciplinaridade do conhecimento e da inovação», conclui a também docente
convidada da FCTUC. Universidade de Coimbra - Portugal
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