O
Instituto de Cereais de Moçambique (ICM) iniciou um programa de expansão do
Fundo Rotativo de Comercialização Agrícola (FRCA), tendo como base os
resultados que estão a ser alcançados pela Linha de Crédito de Comercialização
Agrícola (LCCA) que, em seis meses de implementação, já concedeu financiamentos
na ordem dos 70 milhões de meticais, que geraram a compra de cerca de 7000
toneladas de culturas diversas e beneficiou directamente perto de 12 000
famílias.
Para
assegurar o sucesso deste programa de expansão a direcção do ICM submeteu, de
13 a 15 de Novembro, os seus quadros a uma acção de formação. Esta formação
incluiu técnicos da Gapi que intervêm na implementação desta linha.
“A
parceria estabelecida com a Gapi, para a constituição desta linha, embora com
poucos recursos, tem vindo a ter um impacto significativo no meio rural, com o
real acréscimo da renda familiar, facto reconhecido pelo Governo, parceiros de
desenvolvimento, autoridades comunitárias locais e pelos principais
beneficiários da cadeia de valor da comercialização agrícola”, considerou
Mohamed Valá, Director Geral do ICM.
Valá
enalteceu o facto de “não obstante esta primeira fase ter servido de indução e
inserção para testarmos vários modelos para a definição da estratégia de
financiamento à comercialização agrícola, já estamos a ver resultados animadores”,
considerou, acrescentando que “já há diversos parceiros que estão interessados
em aderir, o que nos vai permitir expandir o fundo”.
O
Presidente da Comissão Executiva (PCE) da Gapi, Adolfo Muholove, disse que esta
parceria entre ICM-Gapi “é uma contribuição concreta e relevante para a
inclusão económica, financeira e social dos moçambicanos, com principal pendor
para camadas mais sensiveis como os jovens e as mulheres”.
Muholove
acrescentou que esta formação enquadra-se no Serviço de Desenvolvimento
Institucional, um dos três pilares da metodologia de intervenção integrada da
Gapi, que combina, além deste serviço, a Capacitação e Consultoria Empresarial
e os Serviços Financeiros.
“Ao
capacitarmos os técnicos do ICM e da Gapi, com vista a melhor enfrentarem os
desafios crescentes da comercialização, pretendemos alcançar fundamentalmente
dois grandes objectivos: (i) cumprir com o regulamento da LCCA; e (ii) garantir
uma gestão com taxas de reembolso na ordem de 100%”, concluiu o PCE da Gapi.
Neste
momento, a taxa de reembolso, situa-se em 98 por cento, o que é considerado
aceitável. Num futuro breve, este mesmo grupo de gestores constituído por
Delegados do ICM, Gerentes e Técnicos das Delegações Gapi será capacitado
também em gestão da comercialização agrícola, metodologias de Monitoria,
avaliação dos mutuários, entre outros temas de interesse para a
sustentabilidade do Fundo de Comercialização. In “Olá
Moçambique” - Moçambique
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