Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente diz que
crianças são grupo mais vulnerável aos problemas ambientais; segundo OMS, 25%
dos 5,9 milhões de mortes de menores de cinco anos de idade, em 2015, poderia
ter sido evitada por meio da redução de riscos ambientais
Para
marcar os 30 anos da Convenção sobre os Direitos da Criança, celebrado nesta
quarta-feira 20, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma,
lança uma cartilha que explica às crianças e aos jovens, de maneira didática,
as principais mensagens do relatório sobre os direitos da criança e o meio
ambiente.
A
representante da agência no Brasil, Denise Hamú, explicou que “os danos ao meio
ambiente interferem no direito das crianças à saúde física e mental, educação,
alimentação e moradia adequadas, água potável e saneamento.”
Compromisso
Para
ela, neste 30º aniversário da Convenção, é importante “lembrar o compromisso
assumido pelos países com a Agenda 2030 e com os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável de não deixar ninguém para trás, e isto inclui garantir às
crianças” o futuro que elas merecem, com um meio ambiente seguro, saudável e
sustentável.
Atualmente,
os menores representam 30% da população mundial e compõem o grupo mais
vulnerável aos danos ambientais. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 25%
dos 5,9 milhões de mortes de crianças com menos de cinco anos de idade, em
2015, poderia ter sido evitada por meio da redução de riscos ambientais.
A
exposição infantil a poluentes e outras substâncias tóxicas também contribui
para deficiências, doenças e mortalidade prematura na idade adulta. As
crianças, por exemplo, são mais suscetíveis à poluição do ar do que os adultos
e, como seus sistemas imunológicos ainda estão em formação, correm maior risco
de infecções respiratórias e têm menos capacidade de combatê-las.
Poluição
A
poluição da água contribui para doenças que causam, anualmente, mais de 350 mil
mortes de crianças abaixo de cinco anos, e outras 80 mil mortes de menores
entre cinco e 14 anos. As mudanças do clima também contribuem para a ocorrência
de eventos climáticos extremos, desastres, escassez de água, insegurança
alimentar, poluição do ar e intensificação de doenças infecciosas transmitidas
por vetores.
O
relator especial da ONU para Direitos Humanos e Meio Ambiente, John Knox,
alerta que “a longo prazo, é provável que o aumento da temperatura e a mudança
dos padrões de precipitação exacerbem a disseminação de doenças transmitidas
por vetores, como malária, dengue e cólera, e contribuam para a escassez de
alimentos e a subnutrição”, o que afeta principalmente as crianças.
Cartilha
A
cartilha é uma versão adaptada para crianças do relatório compilado pelo especialista
em direitos da criança e o meio Ambiente (A/HRC/37/58). O material foi
desenvolvido pelo Pnuma em parceria com a Queen’s University Belfast, Terre des
Hommes e o órgão de Procedimentos Especiais da ONU para Direitos Humanos.
O
projeto também contou com a colaboração de alunos e alunas da Rathmore Grammas
Schoool, de Belfast, Irlanda do Norte. “ONU News” – Nações Unidas
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