Portugal assinou com a
Universidade Nacional Timor Lorosa’e (UNTL) o novo projeto de capacitação em
língua portuguesa, com financiamento conjunto de 2,7 milhões de euros,
destinado a reforçar as competências do Centro de Língua Portuguesa da
instituição.
O projeto, cofinanciado pelo
Camões - Instituto da Cooperação e da Língua e assinado pelo embaixador de
Portugal em Timor-Leste, José Pedro Machado Vieira e pelo reitor da UNTL,
Francisco Martins, insere-se na cooperação bilateral com a universidade pública
timorense.
José Pedro Machado Vieira
sublinhou que o projeto, dá seguimento à política de cooperação portuguesa com
Timor-Leste “com um investimento constante e consistente na Educação”, setor
para onde é canalizada cerca de 80% da ajuda pública do Governo português ao
país.
O objetivo global é
“contribuir para a melhoria da qualidade do ensino em Timor-Leste e
consolidação da língua portuguesa como instrumento para aquisição e acesso ao
conhecimento”, disse.
“A Cooperação Portuguesa e a
UNTL assumem o compromisso de, sem distrações ou derivas, trabalhar para formar
professores e alunos da UNTL, bem como funcionários públicos e população em
geral”, referiu.
A vigorar até 2022, o “Formar,
Orientar, Certificar e Otimizar” (FOCO-UNTL) substitui o Projeto de Capacitação
da UNTL em Língua Portuguesa, e “é constituído por um conjunto de atividades
destinadas a contribuir para o reforço das competências do Centro de Língua
Portuguesa da UNTL”.
O projeto aposta na melhoria
do nível de proficiência em língua portuguesa dos professores e alunos da UNTL,
assim como dos funcionários da Administração Pública e público em geral e ao
mesmo tempo “na componente de certificação do nível de proficiência em língua
portuguesa”.
A UNTL contribui com um terço
dos fundos do projeto e o Camões com dois terços.
Francisco Martins explicou que
o projeto envolve 11 professores portugueses destacados em Timor-Leste e
apoiados por entre seis e 18 professores timorenses.
O reitor considerou o projeto
essencial para permitir à UNTL implementar a sua missão “como instituição
formadora e de investigação” e para “elevar a qualidade do sistema académico da
universidade”, permitindo “capacitar e elevar a competência dos jovens
timorenses em língua portuguesa”.
Um projeto bilateral assenta
numa história de quase 20 anos de cooperação bilateral com Portugal, que
permite reforçar não apenas os conhecimentos em língua portuguesa, mas a
aprendizagem noutras áreas especificas da oferta formativa da UNTL.
Evidente, explicou, é
igualmente o crescente interesse e pedido de apoio de várias instituições
timorenses que solicitam à UNTL formação em língua portuguesa.
O programa junta-se a outras
ações de cooperação portuguesa, incluindo a atribuição de bolsas para o ensino
superior, os Centros de Aprendizagem e Formação Escolar (CAFE), a Escola
Portuguesa de Díli ou o projeto Formar +, que está a ser reestruturado.
“A Cooperação Portuguesa e a
UNTL estão unidas na ambição de colocar a educação como prioritária, entre as
necessidades e objetivos do povo timorense. A formação das pessoas é o
principal determinante do desenvolvimento económico e social sustentável”,
disse o diplomata.
“A educação, para além de
constituir um direito humano fundamental, é, igualmente, um instrumento
essencial à boa governação, às tomadas de decisão informadas e à promoção da
democracia”, frisou. In “Sapo Timor-Leste” com “Lusa”
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