O
Consórcio Águas Azuis, escolhido
para construir as quatro corvetas da classe Tamandaré para Marinha, afirmou que o programa contempla uma sólida transferência de
tecnologia nas áreas de engenharia naval para construção de navios militares e
de sistemas de gerenciamento de combate e de plataforma. Em nota, as empresas
destacaram o conteúdo local superior a 40%, entre a construção dos navios e
desenvolvimento de sistemas de última geração, o surgimento de um cluster naval militar e
civil forte e competitividade para atender a futuras demandas da força naval,
inclusive a possibilidade de exportação de produtos de defesa.
O
consórcio,formado pela Thyssenkrupp Marine Systems, Embraer Defesa &
Segurança e Atech, subsidiária do grupo Embraer, também elencou o
fortalecimento da indústria local e das universidades, com a participação de
centros de pesquisa e desenvolvimento, bem como a capacidade de suporte em
serviço a um produto de alta tecnologia e com longo ciclo de vida. A
expectativa é que o projeto gere mais de 1.000 empregos diretos e
aproximadamente 4.000 postos de trabalho indiretos.
“Estamos
muito honrados pela Marinha do Brasil nos confiar a missão de construir as
corvetas classe Tamandaré. Fazer parte do programa CCT reforça nossa posição de
liderança e as tecnologias comprovadas que oferecemos ao setor de defesa naval
em todo o mundo por quase dois séculos”, disse Rolf Wirtz, CEO da thyssenkrupp
Marine Systems. Ele acrescentou que a parceria trará empregos qualificados e
tecnologia para o Brasil, fortalecendo sua indústria de defesa.
A
Embraer Defesa & Segurança fará a integração de sensores e armamentos para
o sistema de combate, trazendo também ao programa a sua experiência de 50 anos
em soluções de suporte em serviço. O presidente da empresa, Jackson Schneider,
acrescentou que o consórcio oferece um modelo sólido de parceria nacional com
capacidade comprovada de reter a transferência de tecnologia, garantindo o
desenvolvimento de futuros projetos estratégicos de defesa no Brasil.
"Sempre estivemos confiantes e o resultado de hoje comprova que nossa
oferta, realmente, vai ao encontro das necessidades operativas da Marinha do Brasil”,
disse Schneider.
A
Atech, empresa do grupo Embraer, será a fornecedora do CMS (sistema de combate)
e do IPMS (sistema integrado de gerenciamento de plataforma) das corvetas e
receptora de transferência de tecnologia (ToT) em cooperação com a Atlas Eletronik,
subsidiária da Thyssenkrupp Marine Systems, e a L3 Mapps. Localizada no Rio de
Janeiro (RJ) e em São Paulo (SP), a Atech conta com 500 engenheiros
especializados no desenvolvimento de software e hardware para aplicações de
defesa e possui expertise única em engenharia de sistemas e tecnologias de
consciência situacional e apoio a tomada de decisão.
As
empresas do consórcio Águas Azuis agora formarão uma sociedade de propósito
específico (SPE) para a fase de execução do programa. As quatro corvetas, que
têm previsão de entrega entre 2024 e 2028, possuem um orçamento da ordem de US$
1,6 bilhão. A construção das unidades está prevista para o estaleiro Oceana, em
Itajaí (SC). Com aproximadamente 310.000 metros quadrados, o estaleiro do grupo
CBO também conta com instalações localizadas em Niterói (RJ), que poderão
servir de base logística e de apoio em serviços para a Marinha. Danilo Oliveira – Brasil in “Portos e Navios”
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