Timor-Leste
vai doar um milhão de dólares (890 mil euros) para o fundo da Comunidade dos
Países de Língua Portuguesa para ajudar as vítimas do ciclone Idai, que já tem
comprometida uma verba de 1,5 milhões de euros
Os montantes foram hoje
divulgados em Lisboa, durante a assinatura do memorando de entendimento entre a
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e o governo de Moçambique,
segundo o qual o Instituto de Gestão das Calamidades Naturais será o principal
beneficiário dos recursos.
As verbas vão ser canalizadas
através de uma nova rubrica do fundo especial da CPLP dedicada ao "apoio à
situação de emergência provocada pelo ciclone Idai em Moçambique".
Estão já disponíveis 250 mil
euros (consignados por Portugal à rubrica "alterações climáticas" no
âmbito do fundo especial da CPLP) que deverão ser reforçados com os contributos
de Timor-Leste (890 mil euros), Cabo Verde (200 mil euros), Guiné-Bissau (100
mil euros), Portugal (100 mil euros), Associação Caboverdeana, na qualidade de
observador consultivo da CPLP (250 euros) e Ordem dos Advogados (7000 euros).
"Quando a CPLP decidiu,
há uma semana e meio, instituir este apoio especial no âmbito do fundo especial
da CPLP tínhamos em mente, não só a situação trágica que estavam a passar os
nossos irmãos de Moçambique, mas também a importância de haver um gesto da CPLP
nesta hora muito difícil para um dos seus estados-membros fundadores",
assinalou o secretário-executivo da CPLP, Francisco Ribeiro Telles, após
assinar o protocolo.
Francisco Ribeiro Telles
mostrou-se "convencido" de que o fundo terá mais adesões no futuro,
destacando que "quaisquer contribuições serão bem-vindas".
O embaixador de Moçambique em
Lisboa e representante permanente do país na organização lusófona, Joaquim
Bule, registou "com apreço, o gesto da CPLP" e garantiu que os gastos
serão auditados.
"Há mecanismos que foram
instituídos pelo Governo de Moçambique, no sentido de que toda a ajuda
canalizada para o país no âmbito da emergência está sujeita a auditoria externa",
o que assegura que os fundos serão usados "com a transparência
necessária" e que haverá prestação de contas, considerou o diplomata.
"Nós costumamos dizer que
é nos momentos difíceis que se revelam os melhores amigos e acreditamos que a
contribuição feita pelos Estados-membros da CPLP vai contribuir para o conjunto
dos esforços que o país está a fazer e que a comunidade internacional também
está a fazer, com vista a ajudar o país a enfrentar os prejuízos, os danos, a
destruição provocada pelo ciclone", declarou Joaquim Bule.
O ciclone Idai atingiu a
região centro de Moçambique, o Maláui e o Zimbabué em 14 de março.
Segundo o último balanço das
autoridades moçambicanas, o ciclone fez 602 mortos e 1.641 feridos, tendo
afetado mais de 1,5 milhões de pessoas no centro de Moçambique. In “Sapo
Timor-Leste” com “Lusa”
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