Macau - O Instituto Politécnico
de Macau (IPM) lançou um novo sistema de reconhecimento de voz e interpretação
simultânea chinês-português-inglês, com o qual espera aliviar o trabalho de
tradutores e intérpretes.
"Quando um orador
discursa, o sistema reconhece automaticamente as palavras e transforma-as num
discurso escrito, depois, de forma simultânea e automática, faz a
tradução", explicou o coordenador do Centro Pedagógico e Científico da
Língua Portuguesa do IPM.
Gaspar Zhang falava aos
jornalistas à margem do lançamento, que decorreu no âmbito de uma conferência
sobre os novos desafios e oportunidades na área da tradução, com recurso à
inteligência artificial.
"Assim, podemos ver no
ecrã um discurso na língua de partida e na língua de chegada",
acrescentou, sublinhando que a interpretação simultânea automática é agora
"uma realidade".
O sistema foi desenvolvido
pelo Laboratório de Tradução Automática Chinês-Português-Inglês do IPM,
inaugurado em outubro de 2016 pelo primeiro-ministro português, António Costa.
Desde a criação do
laboratório, o IPM tem investido muito na área do 'big date' e na área da
inteligência artificial, lembrou Zhang, mencionando, entre outros, o sistema de
tradução chinês-português.
O uso deste "sistema
auxiliar de tradução chinês-português/português-chinês de documentos
oficiais" foi acordado, em março, com o Fórum para a Cooperação Económica
e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa.
No entanto, Gaspar Zhang
ressalvou que o sistema lançado agora foi desenhado para aliviar o trabalho dos
tradutores e intérpretes, e não para os substituir.
"Neste momento, pelo
menos hoje, as máquinas não podem substituir os tradutores nem intérpretes. O
nosso objetivo é ajudar os tradutores e os intérpretes", salientou. In “Sapo
Timor-Leste” com “Lusa”
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