Combate aos grupos em Cabo Delgado será prioridade de novo acordo de cooperação militar que sucederá ao de 2018. Este último termina em fevereiro de 2020, mas deverá ser prontamente sucedido por um novo pacto
Foto: AFP |
Portugal
e Moçambique estão a estudar ações de formação que possam beneficiar as forças
moçambicanas no novo programa de cooperação militar entre os dois países,
disse, esta quinta feira, (28.01), o Chefe do Estado-Maior-General das Forças
Armadas (CEMGFA) português, almirante António Silva Ribeiro.
“Estamos
a trabalhar com as autoridades moçambicanas para desenvolver novas ações de
formação” que promovam “desempenhos operacionais acrescidos em termos das
necessidades de Moçambique”, referiu Ribeiro, no final de uma deslocação de
dois dias a Moçambique.
A
visita a Maputo serviu para analisar “do ponto de vista técnico essas
possibilidades de reforço da cooperação militar portuguesa em Moçambique”. A
deslocação sucede à do ministro português da Defesa, João Gomes Cravinho, em
dezembro, para preparar o próximo programa quadro de cooperação militar.
Moçambique
e Portugal têm um acordo de cooperação na área da defesa desde 1988. Nesse
âmbito, o programa em vigor arrancou em 2018 e termina em fevereiro, pelo que
um novo acordo vai ser assinado “a breve prazo”, referiu o CEMGFA.
Capacitação de militares
Uma
equipa técnica vai permanecer em Maputo para preparação do programa que Gomes
Cravinho sinalizou em dezembro, após encontros com as autoridades moçambicanas,
que Portugal vai apoiar Moçambique na organização logística e capacitação de
militares para fazer face a grupos rebeldes que têm protagonizado ataques
armados na província de Cabo Delgado.
Segundo
o governante português, a formação, a ser feita em Moçambique, vai abranger as
forças de intervenção rápida, forças especiais, fuzileiros e militares da área
do controlo aéreo tático, tendo sido definidas como “áreas de interesse
específico” a ciberdefesa, a cartografia, a hidrografia e a cooperação
industrial de defesa.
“Nós
estamos a falar de uma missão não executiva. O que nós vamos fazer é dar apoio
às autoridades moçambicanas para que elas possam exercer a sua soberania”,
frisou na altura João Gomes Cravinho. In “Portal de Angola” - Angola
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