As autoridades de saúde garantem que o novo caso de COVID-19, detectado num dos passageiros vindos de Tóquio, não constitui um risco para a comunidade nem implicará novas medidas nas fronteiras. Por outro lado, estão a estudar a aquisição de um seguro para quem for vacinado contra a doença
O
caso importado da COVID-19 no território não causará novamente o fecho das
fronteiras com o Interior da China, avançou o médico-adjunto da Direcção do
Centro Hospitalar Conde São Januário (CHCSJ) na conferência de imprensa
especial sobre a pandemia. Alvis Lo Iek Long garantiu que a situação ligada a
este caso está “estável e contida”. “Além disso, vamos adoptar todas as medidas
para evitar qualquer infecção entre os profissionais da área de saúde”,
assegurou, frisando que o caso está a ser gerido em circuito fechado.
O
47º caso confirmado em Macau, o primeiro em cerca de sete meses, foi anunciado
pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus no
início da madrugada de sexta-feira. A doente, residente de Macau, de 43 anos,
partiu do Dubai a 19 de Janeiro, chegou ao Japão via Singapura no dia 20, e
saiu de Tóquio no voo da Air Macau no dia 21.
Os
resultados dos dois testes rápidos para a COVID-19 efectuados a esta mulher
deram positivo. A doente está assintomática e foi encaminhada para o CHCSJ para
tratamento em isolamento. As autoridades indicaram que oito pessoas que
estiveram próximo da doente infectada encontram-se “sob observação médica, em
isolamento”, no Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane.
Dois
voos, oriundos de Tóquio, com um total de 109 passageiros provenientes de zonas
de alto risco, chegaram na quinta-feira a Macau. Estes passageiros partiram de
14 países: Reino Unido, Portugal, Japão, Irlanda, Países Baixos, EUA, Suíça,
Austrália, Coreia do Sul, Indonésia, França, Emirados Árabes Unidos, Espanha e
Itália.
Após
a chegada, desembarcaram por grupos, foram submetidos a testes para a COVID-19
e iniciaram uma quarentena obrigatória de 21 dias, no Grand Coloane Resort.
Durante este período, vão realizar quatro testes de ácido nucleico e medição
diária da temperatura sem sair do quarto. No final, todos ficarão sujeitos a
“um período adicional de pelo menos sete dias de autogestão de saúde”.
Na
conferência especial realizada na sexta-feira, as autoridades foram
questionadas sobre se haverá mais passageiros provenientes de zonas de alto
risco. A responsável dos Serviços de Turismo, Lau Fong Chi, revelou não ter
recebido novos pedidos para regresso.
De
acordo com os dados divulgados, a Air Macau só disponibilizará um voo por mês
com ligação a Tóquio. Em relação a Taipé, só deverá haver três voos em
Fevereiro e um semanal em Março. Quanto ao Interior da China, mantém ligações
para 18 destinos, disponibilizando entre três voos por dia e três por semana.
Ponderado seguro para vacinação
A
Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura revelou que está a ser estudada a
aquisição de um seguro para quem for vacinado para a COVID-19. Elsie Ao Ieong
afirmou que as despesas ficarão a cargo do Governo, tendo já negociado com o
sector dos seguros, mas não revelou mais detalhes.
Numa
avaliação preliminar, o Governo estima que o seguro custe 500 patacas,
assegurando a injecção de duas doses. Elsie Ao Ieong disse que os seguros
destinam-se aos residentes, mas os TNR também devem ser incluídos. Segundo
explicou, o preço do seguro e o valor da indemnização devem ser calculados
consoante o número de doses compradas.
Na
conferência de imprensa, ainda não foram apontadas datas para o arranque do
plano de vacinação, nem detalhes do programa. O Governo adquiriu vacinas às
farmacêuticas Sinopharm, BioNTech e AstraZeneca. A cada laboratório, foram
encomendadas 400 mil doses de vacinas, que serão gratuitas e voluntárias.
Leong
Iek Hou explicou ainda que que quem tiver Código de Saúde amarelo pode
trabalhar ou ir à escola, mas deve evitar concentrações. O Código de Saúde
amarelo é activado nos sete dias de auto gestão após a quarentena.
Ontem
foi anunciado que quem tenha estado, nos últimos 14 dias, na área sob
jurisdição do subdistrito de Waitan do distrito de Huangpu ou na vila de
Youyilu do distrito de Baoshan, em Xangai, será sujeito a observação médica por
14 dias. A medida surge na sequência da descoberta de novos casos de infecção
nessas zonas.
Zhuhai registou caso importado
As
autoridades de Zhuhai comunicaram que uma pessoa no distrito de Doumen testou
positivo à COVID-19, no 21º dia do período de autogestão de saúde, após ter
regressado da Ucrânia. Em Macau, o Centro de Coordenação de Contingência do
Novo Tipo de Coronavírus apelou aos residentes que tenham estado em Doumen
entre 16 e 23 de Janeiro para se dirigirem ao hospital caso apresentem
sintomas. Viviana Chan – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”
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