Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 25 de janeiro de 2021

Macau – 47º caso confirmado de covid-19, o primeiro em quase sete meses

As autoridades de saúde garantem que o novo caso de COVID-19, detectado num dos passageiros vindos de Tóquio, não constitui um risco para a comunidade nem implicará novas medidas nas fronteiras. Por outro lado, estão a estudar a aquisição de um seguro para quem for vacinado contra a doença

O caso importado da COVID-19 no território não causará novamente o fecho das fronteiras com o Interior da China, avançou o médico-adjunto da Direcção do Centro Hospitalar Conde São Januário (CHCSJ) na conferência de imprensa especial sobre a pandemia. Alvis Lo Iek Long garantiu que a situação ligada a este caso está “estável e contida”. “Além disso, vamos adoptar todas as medidas para evitar qualquer infecção entre os profissionais da área de saúde”, assegurou, frisando que o caso está a ser gerido em circuito fechado.

O 47º caso confirmado em Macau, o primeiro em cerca de sete meses, foi anunciado pelo Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus no início da madrugada de sexta-feira. A doente, residente de Macau, de 43 anos, partiu do Dubai a 19 de Janeiro, chegou ao Japão via Singapura no dia 20, e saiu de Tóquio no voo da Air Macau no dia 21.

Os resultados dos dois testes rápidos para a COVID-19 efectuados a esta mulher deram positivo. A doente está assintomática e foi encaminhada para o CHCSJ para tratamento em isolamento. As autoridades indicaram que oito pessoas que estiveram próximo da doente infectada encontram-se “sob observação médica, em isolamento”, no Centro Clínico de Saúde Pública de Coloane.

Dois voos, oriundos de Tóquio, com um total de 109 passageiros provenientes de zonas de alto risco, chegaram na quinta-feira a Macau. Estes passageiros partiram de 14 países: Reino Unido, Portugal, Japão, Irlanda, Países Baixos, EUA, Suíça, Austrália, Coreia do Sul, Indonésia, França, Emirados Árabes Unidos, Espanha e Itália.

Após a chegada, desembarcaram por grupos, foram submetidos a testes para a COVID-19 e iniciaram uma quarentena obrigatória de 21 dias, no Grand Coloane Resort. Durante este período, vão realizar quatro testes de ácido nucleico e medição diária da temperatura sem sair do quarto. No final, todos ficarão sujeitos a “um período adicional de pelo menos sete dias de autogestão de saúde”.

Na conferência especial realizada na sexta-feira, as autoridades foram questionadas sobre se haverá mais passageiros provenientes de zonas de alto risco. A responsável dos Serviços de Turismo, Lau Fong Chi, revelou não ter recebido novos pedidos para regresso.

De acordo com os dados divulgados, a Air Macau só disponibilizará um voo por mês com ligação a Tóquio. Em relação a Taipé, só deverá haver três voos em Fevereiro e um semanal em Março. Quanto ao Interior da China, mantém ligações para 18 destinos, disponibilizando entre três voos por dia e três por semana.

Ponderado seguro para vacinação

A Secretária para os Assuntos Sociais e Cultura revelou que está a ser estudada a aquisição de um seguro para quem for vacinado para a COVID-19. Elsie Ao Ieong afirmou que as despesas ficarão a cargo do Governo, tendo já negociado com o sector dos seguros, mas não revelou mais detalhes.

Numa avaliação preliminar, o Governo estima que o seguro custe 500 patacas, assegurando a injecção de duas doses. Elsie Ao Ieong disse que os seguros destinam-se aos residentes, mas os TNR também devem ser incluídos. Segundo explicou, o preço do seguro e o valor da indemnização devem ser calculados consoante o número de doses compradas.

Na conferência de imprensa, ainda não foram apontadas datas para o arranque do plano de vacinação, nem detalhes do programa. O Governo adquiriu vacinas às farmacêuticas Sinopharm, BioNTech e AstraZeneca. A cada laboratório, foram encomendadas 400 mil doses de vacinas, que serão gratuitas e voluntárias.

Leong Iek Hou explicou ainda que que quem tiver Código de Saúde amarelo pode trabalhar ou ir à escola, mas deve evitar concentrações. O Código de Saúde amarelo é activado nos sete dias de auto gestão após a quarentena.

Ontem foi anunciado que quem tenha estado, nos últimos 14 dias, na área sob jurisdição do subdistrito de Waitan do distrito de Huangpu ou na vila de Youyilu do distrito de Baoshan, em Xangai, será sujeito a observação médica por 14 dias. A medida surge na sequência da descoberta de novos casos de infecção nessas zonas.

Zhuhai registou caso importado

As autoridades de Zhuhai comunicaram que uma pessoa no distrito de Doumen testou positivo à COVID-19, no 21º dia do período de autogestão de saúde, após ter regressado da Ucrânia. Em Macau, o Centro de Coordenação de Contingência do Novo Tipo de Coronavírus apelou aos residentes que tenham estado em Doumen entre 16 e 23 de Janeiro para se dirigirem ao hospital caso apresentem sintomas. Viviana Chan – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”


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