“Walking Culture – Outdoor and Indoor Collective
Exhibition” é o nome da nova mostra itinerante promovida pelo espaço Taipa
Village Art Space e que pode ser visitada a partir da próxima quarta-feira, dia
3 de Fevereiro. O público poderá ver cartazes nas ruas da vila da Taipa com
obras de arte de artistas como Ana Aragão e Maxim Bessmertny, entre outros
Levar
uma exposição para fora de portas de uma galeria de arte era um objectivo que
João Ó queria atingir há muito. Mas só agora foi possível ao espaço Taipa
Village Art Space cumprir esta ideia, que se materializa com a exposição
itinerante “Walking Culture – Outdoor and Indoor Collective Exhibition”,
inaugurada na próxima quarta-feira, dia 3 de Fevereiro, às 17h30, e que se
mantém até ao dia 31 de Março.
Naquela
que é a primeira exposição colectiva promovida pela galeria, a ideia é também
mostrar a génese da vila da Taipa, do ponto de vista cultural e também do
património. Desta forma, serão exibidos cartazes em locais como a rua dos
mercadores, largo Camões ou rua dos clérigos.
“O
próprio cartaz terá uma imagem da obra de arte e será maior do que a obra de
arte em si”, descreveu João Ó, curador da mostra, ao HM. “A parte interessante
desta exposição é a ampliação da obra e a sua exposição pública, o contacto
inesperado com o visitante. Há esta ideia de uma vila que é única, a sua
dimensão fora da cidade. As pessoas sentem-se à vontade”, apontou.
O
visitante terá acesso a um mapa itinerante que explica a localização dos
cartazes pelas ruas, e que ao mesmo tempo revela os edifícios emblemáticos da
vila da Taipa. “Há uma mistura de toda a parte cultural que existe na vila.
Estamos muito habituados a ir a uma exposição dentro de um espaço, e eu queria
que as pessoas fossem a uma mostra fora, que tivesse uma natureza diferente”,
frisou João Ó, que é também arquitecto.
Mas
esta exposição não se fará apenas fora de portas, uma vez que na galeria Taipa
Art Village serão exibidos as obras de arte originais, que passam por
expressões artísticas tão diferentes como a impressão, pintura a aguarela,
fotografia ou graffiti.
Trabalhos de fora
Nesta
exposição colaboram artistas como P.I.B.G, Hugo Teixeira, Fan Sai Hong, Tong
Chong, Allen Wong, Ana Aragão, Maxim Bessmertny, Lio Man Cheong, Chan Hin Io,
Zinecoop (Hong Kong), Un Chi Wai, Bonnie Leong & Kitty Leung. Muitos deles
já expuseram em Macau.
“Dos
três artistas que já expuseram e vão estar na colectiva, alguns não estão cá e
consegui pedir algumas obras. A Ana Aragão, que está no Porto, enviou um
trabalho inédito para esta exposição, o Hugo Teixeira que foi estudar
fotografia para os EUA também enviou um trabalho fotográfico e temos um
ilustrador de Macau que foi viver para Taiwan e que enviou uma colagem. Todos
eles têm a experiência deste território, mas há alguns artistas que estão a
morar fora”, disse o curador.
As
expectativas de sucesso desta mostra são muitas num território praticamente
fechado ao exterior e onde há uma grande vontade de iniciativas culturais.
“Estamos todos um pouco confinados e fartos de estar no mesmo sítio, e penso
que vai haver bastante aceitação e as visitas vão ser muitas, porque há falta
de actividades. Quando tivemos a última exposição em tempos de covid-19
atraímos muita gente”, concluiu João Ó. Andreia Silva – Macau in “Hoje
Macau”
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