Cidade
da Praia – Um grupo de estudantes universitários, com propósito de continuar os
estudos em Portugal, manifestaram na cidade da Praia, ao lado da embaixada de
Portugal, exortando esta representação diplomática a dar uma resposta em
relação aos pedidos de visto.
Em
declarações à Inforpress, Wilson Semedo, em representação dos estudantes,
afirmou que a embaixada está a retardar-se nas respostas dos pedidos de visto
dos estudantes, uma vez que aguardam, há quase quatro meses, uma resposta ao
pedido de visto e nada, ou seja, nenhuma justificativa da embaixada de
Portugal.
O
estudante asseverou ainda que todos os documentos já foram emitidos, e que já
estão todos matriculados em universidades em Portugal, até com o pagamento de
propinas efetuado.
Justificou
que as aulas já estão muito avançadas, e, por conseguinte, estão “super
atrasados”, pelo que, acrescentou, esta morosidade e a incerteza se vão ou não
vão ser atribuídos os vistos estão a causar preocupações a todos os estudantes,
porque ficam à deriva, sem saber o que fazer.
“Queremos
ir estudar e a embaixada atrasa a nossa ida”, reiterou Wilson Semedo,
salientando que o propósito da manifestação é apenas fazer com que a embaixada
se pronuncie em relação a este atraso na atribuição dos vistos aos estudantes,
porém querem uma resposta “positiva, e irem correr atrás dos seus objectivos”.
Por
sua vez, Nelson Borges disse que esta falta de resposta e morosidade da
embaixada tem deixado a todos os alunos “tristes” e “angustiados”, tendo
sublinhado que ao longo da vida se faz planos, planeia-se coisas “melhores”,
portanto, a seu ver, em Portugal vêem “mais oportunidades” do que aqui em Cabo
Verde.
“Dizem
que os alunos que para ali vão não estão a estudar, que 94% não estão a
estudar, então porque é que abrem mais vagas em menos de um ano?”, questionou o
estudante, ressaltando que a embaixada “não quer dar respostas”.
Em
nome dos estudantes, Nelson Borges apelou a uma resposta, asseverando que devem
saber, ao menos, se os vistos foram recusados e que justifiquem o porquê da
recusa, ao invés disto, “a embaixada só tem atrasado os estudantes”.
“Vamos
estudar, porque deixam que cheguemos atrasados? As aulas começaram em Setembro,
fecharam por causa da covid-19 e reiniciaram em Outubro, disse, considerando
que chegar atrasado na escola deixa os alunos “desnorteados”.
A
Inforpress tentou falar com a embaixada de Portugal para uma eventual reacção,
mas sem sucesso. In “Inforpress” – Cabo Verde
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