Entre os passaportes mais poderosos do mundo em 2021,
Portugal encontra-se no top-10. China ocupa a 70.º posição. Na lusofonia,
Angola é o pior passaporte dando apenas entrada em 50 países. O índice é da
Henley & Partners
O
Henley Passport Index, que periodicamente classifica os melhores passaportes do
mundo, acaba de publicar seu último ranking para 2021 que, no entanto, não leva
em consideração restrições temporárias.
Macau
queda-se pela 33.ª posição com acesso sem visto ou com visto à chegada em 144
países. Na Grande China, a China é quem tem o pior passaporte. O país ocupa a
70.ª posição com acesso a somente 75 países. Hong Kong, em sentido contrário, é
o melhor passaporte, com entrada em 170 países, ocupando a 19.º posição (a par
do Brasil, o segundo melhor país da lusofonia). Taiwan ocupa a 32.º posição com
entrada em 145 países.
Na
esfera da lusofonia, o melhor passaporte é o português. Portugal encontra-se,
como tem sido hábito, no top10, partilhando a sexta posição com Suécia, França,
Holanda e Irlanda (186 destinos). Depois do Brasil, já falado anteriormente, o
melhor passaporte é o de Timor-Leste que ocupa a 57.ª posição do ranking com
entrada em 94 destinos. Seguem-se Cabo Verde na 77.ª posição (66 países),
Moçambique na 81.ª posição (62 países), São Tomé e Príncipe na 82.ª posição (61
países), Guiné-Bissau na 90.ª posição (53 países) e, surpreendentemente, Angola
– como o pior da lusofonia – a ocupar a 93.ª posição. O passaporte do país das
palancas-negras só dá acesso a 50 destinos.
O
Japão ficou mais uma vez no topo da classificação. O passaporte nipónico
oferece acesso sem visto ou com visto à chegada em 191 destinos. Singapura
ficou em segundo lugar (com 190 países) e a fechar o pódio surgem a Coreia do
Sul e a Alemanha (com 189).
A culpa da pandemia
A
hegemonia da região Ásia-Pacífico é um fenómeno relativamente novo na história
de 16 anos de existência deste ranking.
Por
norma, países como os Estados Unidos ou o Reino Unido e a União Europeia
dominavam tradicionalmente o ranking, mas, a recuperação de alguns países
asiáticos face à pandemia pode, de acordo com a Henley & Partners
justificar este “aparecimento” asiático no topo do ranking, mesmo estando o
Japão a atravessar dias difíceis por conta do avanço da doença.
“Há
apenas um ano, tudo indicava que as taxas de mobilidade global continuariam a
aumentar, que a liberdade de viajar aumentaria e que os donos de passaportes
poderosos teriam mais acesso do que nunca, mas o confinamento em todo o mundo
anulou essas projecções”, revelou à CNN Christian H. Kaelin, presidente da
Henley & Partners.
O
Henley Passport Index é baseado em dados fornecidos pela Associação Internacional
de Transporte Aéreo (IATA) e cobre 199 passaportes e 227 destinos de viagem.
Devido
à pandemia de Covid-19, diversos países em todo o mundo estão a entrar
novamente em confinamento. E mesmo quando as restrições diminuírem, é mais do
que provável que, por requisito prévio, nos próximos tempos quem viaja seja
obrigado a ser vacinado contra a doença. Gonçalo Pinheiro – Macau in “Ponto
Final”
goncalolobopinheiro.pontofinal@gmail.com
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