Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Lusofonia – Os passaportes no mundo lusófono

Entre os passaportes mais poderosos do mundo em 2021, Portugal encontra-se no top-10. China ocupa a 70.º posição. Na lusofonia, Angola é o pior passaporte dando apenas entrada em 50 países. O índice é da Henley & Partners



O Henley Passport Index, que periodicamente classifica os melhores passaportes do mundo, acaba de publicar seu último ranking para 2021 que, no entanto, não leva em consideração restrições temporárias.

Macau queda-se pela 33.ª posição com acesso sem visto ou com visto à chegada em 144 países. Na Grande China, a China é quem tem o pior passaporte. O país ocupa a 70.ª posição com acesso a somente 75 países. Hong Kong, em sentido contrário, é o melhor passaporte, com entrada em 170 países, ocupando a 19.º posição (a par do Brasil, o segundo melhor país da lusofonia). Taiwan ocupa a 32.º posição com entrada em 145 países.

Na esfera da lusofonia, o melhor passaporte é o português. Portugal encontra-se, como tem sido hábito, no top10, partilhando a sexta posição com Suécia, França, Holanda e Irlanda (186 destinos). Depois do Brasil, já falado anteriormente, o melhor passaporte é o de Timor-Leste que ocupa a 57.ª posição do ranking com entrada em 94 destinos. Seguem-se Cabo Verde na 77.ª posição (66 países), Moçambique na 81.ª posição (62 países), São Tomé e Príncipe na 82.ª posição (61 países), Guiné-Bissau na 90.ª posição (53 países) e, surpreendentemente, Angola – como o pior da lusofonia – a ocupar a 93.ª posição. O passaporte do país das palancas-negras só dá acesso a 50 destinos.

O Japão ficou mais uma vez no topo da classificação. O passaporte nipónico oferece acesso sem visto ou com visto à chegada em 191 destinos. Singapura ficou em segundo lugar (com 190 países) e a fechar o pódio surgem a Coreia do Sul e a Alemanha (com 189).

A culpa da pandemia

A hegemonia da região Ásia-Pacífico é um fenómeno relativamente novo na história de 16 anos de existência deste ranking.

Por norma, países como os Estados Unidos ou o Reino Unido e a União Europeia dominavam tradicionalmente o ranking, mas, a recuperação de alguns países asiáticos face à pandemia pode, de acordo com a Henley & Partners justificar este “aparecimento” asiático no topo do ranking, mesmo estando o Japão a atravessar dias difíceis por conta do avanço da doença.

“Há apenas um ano, tudo indicava que as taxas de mobilidade global continuariam a aumentar, que a liberdade de viajar aumentaria e que os donos de passaportes poderosos teriam mais acesso do que nunca, mas o confinamento em todo o mundo anulou essas projecções”, revelou à CNN Christian H. Kaelin, presidente da Henley & Partners.

O Henley Passport Index é baseado em dados fornecidos pela Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) e cobre 199 passaportes e 227 destinos de viagem.

Devido à pandemia de Covid-19, diversos países em todo o mundo estão a entrar novamente em confinamento. E mesmo quando as restrições diminuírem, é mais do que provável que, por requisito prévio, nos próximos tempos quem viaja seja obrigado a ser vacinado contra a doença. Gonçalo Pinheiro – Macau in “Ponto Final”

goncalolobopinheiro.pontofinal@gmail.com 


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