A obra faz este ano 25 anos da sua primeira edição. Autor
doou valor total da venda de 50 exemplares à Associação Fu Hong
Chega
agora às livrarias a edição bilingue de “Contos de Ou-Mun”, da autoria do
advogado António Correia. Em português e chinês, a obra foi publicada ainda
durante o ano passado e tem a chancela da LITS Macau, uma empresa vocacionada
para a tradução e outras actividades de natureza linguística e cultural,
principalmente as relacionadas com as duas línguas oficiais de Macau.
Em
comentários à obra, segundo o professor Seabra Pereira no seu “Delta Literário
de Macau”, ”o título sugere o que depois efectivamente se depara no livro:
breves narrativas realistas de espaço e de costumes, onde uma personagem
telúrica e colectiva avulta por detrás ou em torno das demais personagens
individuais e grupais – a cidade de Macau…”.
Já
em 1996, o também professor Orlando Neves conclusivamente escreveu, no prefácio
à primeira edição, que os “Contos do Ou-Mun não são uma obra local. Participam,
exemplarmente, de uma reflexão universal”.
O
livro, primeiramente editado pela Livros do Oriente em 1996, vê agora uma nova
edição com tradução chinesa da autoria de Iok Lan Fu Barreto. As ilustrações da
nova obra estão a cargo de Teresa Portela. A edição de há 25 anos continha ilustrações
de Emílio Remelhe. O prefácio, esse, está a cargo de Orlando Neves, em ambas as
edições.
Solidariedade
A
totalidade do valor da venda de 50 exemplares desta nova edição foi
integralmente doada à Associação Fu Hong, como contributo para a prossecução da
sua benemérita actividade social, revelou a LITS em nota enviada às redações.
António
Correia, advogado e um dos fundadores do escritório de advocacia C&C,
residiu em Macau cerca de 20 anos e regularmente se desloca e permanece no
território por largos períodos. Chegou a ser deputado à Assembleia Legislativa.
O
autor tem obra literária divulgada e reconhecida, maioritariamente poesia, mas
também ficção e crónica. Publicou em Macau, Portugal, Brasil e Japão.
Das
mais diversas obras publicadas por António Correia, que tem colaborado
igualmente com a imprensa, destacam-se, na poesia, “Amagao Meu Amor” (sonetos),
Macau, 1992, “Rua Sem Nome” (romance),
Lisboa, 1999, e, “Lisboa, em Haiku”, edição trilingue, em português, inglês e
japonês, Lisboa, 2015. Participou ainda em diversas antologias de poesia de
onde se destaca a última, editada em 2020 em Macau, intitulada “Rio das
Pérolas”, com a chancela da Ipsis Verbis e coordenada pelo poeta português
António MR Martins.
“O
seu conceito de liberdade insere-se também numa óptica ocidental e oriental,
pois representa metaforicamente o sentido de liberdade ainda vivo na cidade de
Macau e explicitado na harmoniosa convivência entre diferentes crenças”,
escreveu a italiana Michela Graziani no trabalho académico “Luz e Negrume –
Para uma reflexão do sentido da vida em António Correia”. Gonçalo Pinheiro –
Macau in “Ponto Final”
goncalolobopinheiro.pontofinal@gmail.com
Conheça
o pensamento do escritor António Correia numa entrevista ao canal de televisão
de Macau TDM:
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