A “Vivências
do Minho”, sediada em Tourcoing, França, lançou uma campanha para recolher
fundos, mas sobretudo para angariar novos membros e sensibilizar para a
importância da cultura portuguesa, anunciou uma responsável da associação.
Em
declarações à agência Lusa, Virginie Vila Verde, secretária-tesoureira da
associação, explicou que o mote da campanha – “Pelo preço de um hambúrguer,
podes salvar uma associação” – surgiu de uma conversa com um sócio sobre a
quota de 10 euros.
Assim
nasceu o conceito da hashtag #pourleprixdunMcdotusauvesuneasso (literalmente
pelo preço de uma refeição no McDonald’s tu salvas uma associação) que
acompanha o pedido de ajuda desta associação portuguesa e que tem feito sucesso
nas redes sociais.
“[A
campanha] começou entre o Natal e Ano Novo e o balanço é positivo porque
estamos a ter visibilidade”, disse Virginie Vila Verde, que gere também as
redes sociais da associação.
No
entanto, o intuito da campanha vai para além da angariação de fundos.
“É
uma sensibilização para o facto de o movimento cultural estar a morrer. Nós
somos poucos e nem sempre conseguimos investir nos materiais que nos permitem
fazer um trabalho mais aprofundado”, declarou.
Apesar
de ser uma das cidades em França com mais portugueses, Virginie Vila Verde
considera “que não há movimento para manter a cultura portuguesa” em Tourcoing
e afirma que desde o início da pandemia já perdeu metade dos efectivos do seu
rancho.
“Se
não há voluntários, não há associações. Se não há associações, não há aulas de
português, não há folclore, nem animações, nem festas”, resumiu a
associativista.
Devido
às actuais condições sanitárias em França, este rancho que recria quadros de
vida do Minho nos inícios do século XX teve pouca actividade em 2020, já que em
muitos períodos nem os ensaios foram permitidos, mas não ficou parado.
“Fomos
fazer passeios, fomos fazer visitas culturais e até ensaiámos ao ar livre.
Também participámos nalguns desafios nas redes sociais ligados à dança”, concluiu
Virginie Vila Verde. In “O Século de Joanesburgo” com “Lusa”
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