A iniciativa inclui parceiros do Programa Mundial do Meio
Ambiente, Pnuma, e alguns dos cientistas mais respeitados do país na área. A
homenagem é feita também aos trabalhadores de saúde que lutam para combater a
pandemia
Uma
ação para plantar 200 mil árvores em memória de pelo menos 200 mil vítimas da
Covid-19 no Brasil deve continuar até 5 de junho, quando a ONU marca o Dia
Mundial do Meio Ambiente.
As
árvores são semeadas por familiares das vítimas em vários estados brasileiros.
Um dos participantes, Rafael da Silva de Lima, de São Paulo, perdeu o pai e a
prima para a pandemia. Segundo ele, a iniciativa é cheia de significado, pois
as árvores representam vida e ligação com a natureza.
Década de Restauração
As
famílias enlutadas são apoiadas por entidades parceiras das Nações Unidas e por
cientistas renomados no país especializados em restauração. O projeto, lançado
no mês passado, também homenageia trabalhadores de saúde, que estão na linha de
frente do combate à pandemia.
O
Pnuma está ajudando com a campanha que ocorre na Década da ONU sobre
Restauração de Ecossistemas que vai deste ano até 2030.
O
objetivo é envolver a participação de organizações da sociedade civil para
assegurar que as árvores nativas sejam tratadas de maneira apropriada.
Dentre
as árvores plantadas está uma série de espécies nativas da Mata Atlântica como
jacarandá, ipê e ingá. O plano inicial era plantar 6,5 mil árvores numa área de
quatro hectares no interior do Rio de Janeiro, que é o habitat do mico-leão-dourado.
Febre amarela
Vários
locais como o Pontal do Paranapanema foram identificados alargando a iniciativa
a outros estados.
O
desflorestamento é das umas preocupações no país. Várias associações da
sociedade civil atuam para combater o problema. Com o desmatamento, o habitat
do mico-leão-dourado, por exemplo, foi reduzido a 2% da sua área original.
Em
2018, com a epidemia de febre amarela, no sudeste do país, muitas pessoas
morreram e a população dos micos passou de 3,6 mil para 2,5 mil.
Com
a pandemia de Covid-19, muitos trabalhadores do setor de conservação ficaram ameaçados
pela contaminação, o que afetou o avanço de programas de proteção dos micos. ONU
News – Nações Unidas
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