Bissau
- Os intervenientes no setor do ensino acordaram a retoma das aulas nas escolas
do país, para o dia 13 de julho.
As
aulas estão suspensas desde março, devido à pandemia da Covid-19.
A
data foi indicada na quinta-feira na reunião semanal do Conselho de Ministros e
faz parte de um plano de contingência para o setor educativo, que prevê que as
aulas funcionem também aos sábados para recuperar os dias perdidos, durante os
próximos dois meses.
Mas,
conforme o que foi acordado na semana passada entre o Ministério da Educação e
todos os intervenientes no setor, as aulas só serão retomadas nas escolas com
condições para o efeito, mediante a aprovação de uma comissão técnica que fará
a avaliação dos estabelecimentos do ensino que podem funcionar na época das
chuvas.
Consta
que há escolas sem condições, em que a água das chuvas penetra nas salas de
aulas.
Por
outro lado, persistem dúvidas sobre se, em apenas dois meses, os professores
conseguirão lecionar toda a matéria programada, depois da interrupção da
Covid-19 e de sucessivas greves dos professores.
Segundo
a DW, o presidente da Confederação das Associações dos Alunos das Escolas
Públicas e Privadas (CAAEPP), Alfa Umaro Só, disse estar satisfeito com a
indicação do Governo.
"A
intenção era anular o ano letivo totalmente, e nós levámos a proposta de
validade parcial do ano letivo, para que o Governo se pronunciasse, para que as
escolas que estão em condições retomassem as aulas", afirma.
No
entanto, o porta-voz dos quatro sindicatos dos professores guineenses, António
João Bico, levanta algumas preocupações sobre a retoma e conclusão do ano
letivo.
"Temos
dificuldades de infraestruturas escolares e estamos perante a pandemia da
Covid-19, que exige, pelos menos, um número reduzido de alunos por turma".
No entanto, é difícil encontrar o número suficiente de escolas para ter turmas
reduzidas. Sendo assim, a exequibilidade vai exigir também ao Ministério da
Educação a criação de condições para construir novas infraestruturas
escolares”, disse.
Ouvido
pela DW África, o perito no setor de ensino guineense Silvino Ialá reforça que
dois meses é pouco para dar aos alunos os conteúdos que restam.
"O
fator chuva poderá criar grandes dificuldades. Mesmo três ou quatro meses não
serão suficientes”, considerou Ialá. In “Agência de Notícias da Guiné” – Guiné-Bissau
Sem comentários:
Enviar um comentário