Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

sábado, 27 de junho de 2020

Guiné-Bissau - Escolas públicas devem reabrir em julho por dois meses


Bissau - Os intervenientes no setor do ensino acordaram a retoma das aulas nas escolas do país, para o dia 13 de julho.

As aulas estão suspensas desde março, devido à pandemia da Covid-19. 

A data foi indicada na quinta-feira na reunião semanal do Conselho de Ministros e faz parte de um plano de contingência para o setor educativo, que prevê que as aulas funcionem também aos sábados para recuperar os dias perdidos, durante os próximos dois meses.

Mas, conforme o que foi acordado na semana passada entre o Ministério da Educação e todos os intervenientes no setor, as aulas só serão retomadas nas escolas com condições para o efeito, mediante a aprovação de uma comissão técnica que fará a avaliação dos estabelecimentos do ensino que podem funcionar na época das chuvas.

Consta que há escolas sem condições, em que a água das chuvas penetra nas salas de aulas.

Por outro lado, persistem dúvidas sobre se, em apenas dois meses, os professores conseguirão lecionar toda a matéria programada, depois da interrupção da Covid-19 e de sucessivas greves dos professores.

Segundo a DW, o presidente da Confederação das Associações dos Alunos das Escolas Públicas e Privadas (CAAEPP), Alfa Umaro Só, disse estar satisfeito com a indicação do Governo.

"A intenção era anular o ano letivo totalmente, e nós levámos a proposta de validade parcial do ano letivo, para que o Governo se pronunciasse, para que as escolas que estão em condições retomassem as aulas", afirma.

No entanto, o porta-voz dos quatro sindicatos dos professores guineenses, António João Bico, levanta algumas preocupações sobre a retoma e conclusão do ano letivo.

"Temos dificuldades de infraestruturas escolares e estamos perante a pandemia da Covid-19, que exige, pelos menos, um número reduzido de alunos por turma". No entanto, é difícil encontrar o número suficiente de escolas para ter turmas reduzidas. Sendo assim, a exequibilidade vai exigir também ao Ministério da Educação a criação de condições para construir novas infraestruturas escolares”, disse.

Ouvido pela DW África, o perito no setor de ensino guineense Silvino Ialá reforça que dois meses é pouco para dar aos alunos os conteúdos que restam.

"O fator chuva poderá criar grandes dificuldades. Mesmo três ou quatro meses não serão suficientes”, considerou Ialá. In “Agência de Notícias da Guiné” – Guiné-Bissau

Sem comentários:

Enviar um comentário