A
União Europeia (UE) e os Estados Unidos anunciaram que vão disponibilizar um
total de 667 milhões de dólares (596 milhões de euros), nos próximos três anos,
para mitigar os efeitos da pandemia da covid-19 em Moçambique.
Trata-se
de um valor total referente a “diversas iniciativas em curso e planeadas,
visando apoiar o país a fazer face à covid-19”, diz comunicado conjunto
distribuído à imprensa.
Em
finais de março, num encontro com parceiros internacionais, Moçambique anunciou
que precisava de 700 milhões de dólares (626 milhões de euros) para cobrir o
buraco orçamental face à covi-19, um montante que vai servir também para a
construção de hospitais, tendo em conta que há distritos sem este tipo de
estrutura no país.
Metade
do valor total, 309 milhões de dólares (275 milhões de euros), foi
disponibilizado pelo Fundo Monetário Internacional e, segundo o ministro da
Economia e Finanças, Adriano Maleiane, vários outros parceiros manifestaram a
intenção de apoiar o país, com destaque para o Banco Mundial, Banco Africano de
Desenvolvimento e a União Europeia.
O
comunicado emitido pelos parceiros internacionais não esclarece se os 667
milhões de dólares surgem no âmbito do pedido do Governo moçambicano.
O
anúncio foi feito no final do 2.º Fórum de Cooperação e Desenvolvimento, que
reuniu os parceiros e o Governo moçambicano para discutir questões relacionadas
com a crise da pandemia da covid-19.
“Foram
abordadas as questões macroeconômicas, a proteção social e as medidas de
mitigação a adotar, assim como o apoio dos parceiros para fazer face à crise”,
lê-se no documento.
O
governo reiterou a revisão em baixa da previsão de crescimento do PIB de 4%
para 2.2%, antevendo que esta contração venha a ter um efeito “severo sobre as
contas nacionais”, acrescenta.
O
primeiro fórum de Cooperação para o Desenvolvimento aconteceu em dezembro de
2019, no âmbito da Parceria Renovada de Diálogo entre os parceiros e o Governo
de Moçambique.
Moçambique
registrou, nas últimas 24 horas, mais seis casos de infecção pelo novo
coronavírus, elevando o acumulado de 662 para 668, e mantendo os quatro óbitos,
anunciou fonte do Ministério da Saúde.
O
país vive em estado de emergência desde 01 de abril, prorrogado por duas vezes
até 29 de junho.
Estão
em vigor várias restrições: todas as escolas estão encerradas, espaços de
diversão e lazer também estão fechados, estão proibidos todo o tipo de eventos
e de aglomerações, recomendando-se à população que fique em casa.
A
pandemia de covid-19 já provocou mais de 454 mil mortos e infetou mais de 8,5
milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela
agência francesa AFP. In “Mundo Lusíada” – Brasil com “Lusa”
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