Uma
associação de Macau ligada a projectos de arquitectura, liderada por Nuno
Soares, integrou uma aliança de organizações para melhorar o espaço urbano no
projecto da Grande Baía.
“O
objectivo é muito claro: promover a qualidade do desenho urbano, planeamento
urbano, da arquitectura da Grande Baía e fazer com que as populações e os
governos dêem mais valor à qualidade do planeamento urbano no desenvolvimento
das cidades”, disse à Lusa o presidente do CURB – Center for Architecture and
Urbanism, o arquitecto Nuno Soares.
Na
quarta-feira, a organização não-governamental criada em Macau em 2014 para
promover pesquisa, educação, produção e disseminação de conhecimento nas áreas
de arquitectura, urbanismo, design e cultura urbana integrou a fundação da
Aliança de Designers Urbanos da Grande Baía (GBAUDA, na sigla em inglês).
A
cerimónia de assinatura dos cinco institutos fundadores teve de ser feita ‘online’,
devido às contingências da covid-19, e contou com a participação da Chefe do
Executivo de Hong Kong, Carrie Lam.
“Esta
aliança surge num contexto de desenvolvimento urbano estratégico desenvolvido
pelo Governo Central da China de fazer com que esta zona do Rio das Pérolas
passe a ser a Grande Baía”, explicou Nuno Soares. Contexto esse que criou a
necessidade de se criarem políticas e colaborações entre as várias cidades,
acrescentou.
No
futuro, frisou o arquitecto português, “estas cidades vão ter um planeamento
coordenado (…) vão ser criadas bastantes sinergias e interdependências e isso
vai espoletar uma série colaborações ao nível da academia, institutos
profissionais”. Esta ‘aliança’ surge por isso mesmo: “instituições
profissionais no campo do desenho urbano da Grande Baía que resolveram
juntar-se, fazer uma aliança, para com isso promoverem a qualidade do espaço
urbano, desenho urbano, na Grande Baía”.
Muito no pouco
Neste
momento, a associação conta com representantes de cinco das 11 cidades, mas o
objectivo é alargar a cooperação aos restantes territórios, sublinhou Nuno
Soares.
O
arquitecto português explicou ainda que o objectivo da GBAUDA não é uniformizar
a arquitectura na Grande Baía, mas sim dar mais importância ao espaço público.
“Cada uma das cidades vai continuar a ter a sua idiossincrasia e a sua
especificidade”, disse.
Nuno
Soares acredita que Macau tem condições para se promover um desenvolvimento
urbano de excelência, apesar das limitações impostas pela elevada densidade
populacional. Macau cresceu muito em termos económicos e em Produto Interno
Bruto, disse, “mas não melhorou ainda a qualidade de vida. Acho que Macau tem
de se concentrar em melhorar a qualidade de vida”. Mais espaços verdes,
melhores transportes, melhores espaços públicos, deve ser o foco, concluiu. In “Hoje
Macau” – Macau com “Lusa”
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