A
startup holandesa Solar Visuals e a Organização Holandesa de Investigação
Científica Aplicada (TNO) desenvolveram novos módulos de fachada de “design
minimalista” que reproduzem os recursos das superfícies dos edifícios.
Lenneke
Slooff-Hoek, cientista sénior da TNO, disse à revista australiana PV que os
painéis podem ser feitos em qualquer tamanho ou cor com 13% de eficiência,
acrescentando que têm uma camada colorida parcialmente transparente feita de
pequenos pontos.
O
grupo holandês de construção BAM disse na semana passada que instalou os novos
painéis solares da Solar Visuals na sua sede em Bunnik, província de Utrecht na
Holanda
Os
módulos – que foram originalmente desenvolvidos pelo escritório de arquitetura
holandês UNStudio, em colaboração com a TNO, o Design Innovation Group (DIG) e
a empresa de impressão TS Visuals – são únicos e atraentes, segundo a BAM. “Os
módulos têm uma aparência artística ao olhar de perto”, disse Lenneke
Slooff-Hoek, cientista sénior do TNO, à revista australiana.
Os
painéis podem ser fabricados em qualquer tamanho ou padrão de cores, portanto
não devem ser vistos como módulos coloridos comuns, afirmou Slooff-Hoek.
“A
maioria dos painéis coloridos no mercado usa um revestimento cerâmico no vidro
para dar ao painel uma aparência colorida homogénea”, avançou, acrescentando
que alguns produtos usam impressões multicoloridas dentro dos módulos. A
diferença está na maneira como a cor é gerada.
“Onde
as outras tecnologias multicoloridas usam uma impressão de área completa com
uma certa transparência, estes painéis solares recém-desenvolvidos têm uma
camada colorida parcialmente transparente feita de pequenos pontos”, explicou
Slooff-Hoek. “De perto consegue ver-se principalmente o padrão de pontos, mas,
ao olhar para longe, a imagem como um todo aparece.”
Diferentes
padrões, ou rasterizações, podem ser usados. A escolha depende da aparência da
imagem e da distância de visualização. Os módulos reproduzem a cor das
fachadas, mas também a sua aparência. “Por esse motivo, estamos a trabalhar em
novos materiais da frente que são menos brilhantes que o vidro e podem até ter
uma textura superficial”, disse Slooff-Hoek.
Os
primeiros painéis foram baseados na tecnologia de contacto traseiro com
revestimento metálico (MWT), desenvolvida originalmente pelo Centro de
Investigação de Energia da Holanda (ECN).
Para
minimizar as perdas, o padrão de pontos coloridos foi gerado para se sobrepor à
metalização frontal das células, o que deu aos módulos a sua aparência
artística ao olhar de perto. Mais tarde, de acordo com Slooff-Hoek, também foi
usado em combinações com tecnologias Si-PV com diferentes arquiteturas de
células, embora o padrão de pontos típico permanecesse.
Cada
painel possui 60 células monocristalinas PERC, uma potência de 220 Wp e uma
voltagem máxima do sistema de 1000 V. A eficiência de cerca de 13% é
aproximadamente 70% da eficiência de um módulo PERC típico de 60 células de
tamanho semelhante.
Numa
entrevista recente à revista PV, o cientista do TNO Roland Valckenborg disse
que os módulos coloridos ainda são mais caros que os módulos fotovoltaicos
tradicionais, devido a serem fabricados em poucas unidades, mas os preços
deverão cair à medida que o interesse do consumidor crescer e o volume
aumentar. In “Green Savers Sapo” - Portugal
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