A mensagem
de Wong Chi Hong, director dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL), é
clara: os trabalhadores não residentes (TNR) devem ser os primeiros a ficar sem
trabalho caso as empresas enfrentem dificuldades. “Caso as empresas necessitem
de cessar a relação de trabalho com os trabalhadores face à situação real de
exploração, devem proceder de forma a que os TNR do mesmo tipo de trabalho
sejam os primeiros a sair, a fim de garantir a prioridade no acesso ao emprego
e de forma contínua dos trabalhadores locais”, respondeu a uma interpelação
escrita de Leong Sun Iok.
O
organismo explica que há uma ponderação mais prudente dos pedidos de TNR,
dependendo dos sectores, empresas e situação da contratação de mão-de-obra
local. De acordo com os dados apresentados, entre Janeiro e Março foram
indeferidos 517 pedidos de renovação de autorização e contratação de TNR. E
justifica os casos em que a resposta foi positiva. “As 8871 autorizações de
contratação concedidas no mesmo período, são principalmente de postos de
trabalhadores da construção, empregados de lojas, guardas de segurança e
empregados de limpeza”, nota a DSAL.
Para
além disso, a DSAL indica que 119 empresas apresentaram por iniciativa própria
o pedido de cancelamento das autorizações de contratação, com um número total
de 676 cancelamentos. Até ao final de Março de 2020, existiam 189 518 TNR,
representando cerca de menos sete mil do que no final do ano passado, e a DSAL
observa que “o número de TNR efetivamente contratados pelas empresas no mercado
de trabalho está a diminuir continuamente”.
Resultados da formação
Wong
Chi Hong explicou que 44 cursos de formação subsidiados pelo Governo arrancaram
em meados de Maio, dos quais 18 na área de construção. Dos 352 formandos, 322
concluíram o curso. A DSAL prevê ainda que vários cursos tenham início ao longo
dos próximos dois meses.
Entre
1 de Janeiro e 15 de Maio, mais de mil candidatos a emprego foram contratados
por encaminhamento da DSAL – numa forma de apoio que envolveu os sectores de
construção, segurança e limpeza, restauração, vendas a retalho e transportes.
“A
DSAL continua a pesquisar profissões com potencial para o desenvolvimento das
empresas de grande dimensão (tal como cozinheiro do sector da restauração)
para, através dos devidos cursos de formação e encaminhamento profissional para
os residentes de Macau, promover o emprego destes e, gradualmente, proceder ao controlo
do número dos TNR que desempenham cargos relevantes”, diz a resposta. Salomé
Fernandes – Macau in “Hoje Macau”
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