Foram dadas indicações, por parte do Instituto Cultural,
para que a comissão organizadora do Festival da Lusofonia comece os trabalhos
preparativos. Apesar das incertezas geradas pelas constantes alterações das
medidas relacionadas com a pandemia, Amélia António avançou à Tribuna de Macau que,
ainda que em moldes “diferentes”, o evento deverá ter lugar junto às
Casas-Museu da Taipa no período habitual de Outubro
O
Instituto Cultural deu indicações à comissão organizadora do Festival da
Lusofonia para que começasse os trabalhos preparativos do evento, que deverá
voltar a realizar-se na zona das Casas-Museu da Taipa.
“Há
indicações [do Instituto Cultural] de que é para fazer, mas até lá precisamos
de outras confirmações”, indicou Amélia António ao Jornal Tribuna de Macau ao
afirmar que, por enquanto os trabalhos estão “em ‘standby’, porque
começar a trabalhar com coisas que implicam gastos, sem certezas absolutas é
complicado”.
A
presidente da Casa de Portugal em Macau explicou que ainda não há uma
confirmação oficial, uma vez que, dado o actual contexto “vivemos cada dia por
si”. “As datas previstas serão as habituais, em Outubro, mas daqui até lá não
sabemos como serão as medidas”, acrescentou a propósito do evento que
geralmente se realiza no final de Outubro.
Entre
muitas incertezas, Amélia António aponta apenas que os contornos desta edição
serão diferentes. “Penso que os moldes não serão exactamente os habituais. Não
temos ideia se nessa altura é possível trazer gente de fora ou não, ou se terá
de ser feita com os artistas locais”, disse, observando que também os
visitantes serão outros. “Uma grande parte dos frequentadores da ‘Lusofonia’
são chineses do Continente e expatriados de Hong Kong”, que por agora não podem
entrar na RAEM, recordou.
Sobre
a implementação das medidas restritivas, Amélia António alerta que poderá será
“muito complicado” nas Casas-Museu da Taipa, até porque se o número de
visitantes for elevado será “difícil” de cumprir.
Por
outro lado, sobre a Semana Cultural da China e dos Países de Língua Portuguesa,
a presidente da Casa de Portugal disse apenas que “o que está a ser pensado
também é muito diferente”. “Mas, uma vez que ainda não anunciaram publicamente,
não me vou adiantar muito. No entanto, quanto à divulgação da gastronomia e do
artesanato que integra a Semana Cultural, em princípio será feita alguma
coisa”, disse.
Já
sobre a “parte mais cultural, como teatros e exposições, isso não sei se vai
ter de alguma maneira”, mas “se fizerem provavelmente irão recorrer a meios
digitais”, afirmou, salvaguardando que este ano esta dinâmica não está a cargo
da Casa de Portugal. “O artesanato e a gastronomia abrangem toda a gente, mas o
teatro e as artes visuais têm um sistema rotativo entre os nove países
assinalados”, esclareceu.
Recorde-se
que o Festival da Lusofonia começou a ser realizado em 1998 e conta com a
participação das nove comunidades lusófonas locais: Angola, Brasil, Cabo Verde,
Goa, Damão e Diu, Guiné-Bissau, Macau, Moçambique, Portugal, São Tomé e
Príncipe e Timor-Leste. O evento é também organizado pelo Secretariado
Permanente do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países
de Língua Portuguesa. Sofia Rebelo – Macau in “Jornal
Tribuna de Macau”
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