O "Baía Farta", navio oceanográfico de
investigação científica comprado à empresa Damen por cerca de 80 milhões de
dólares, voltou a avariar e encontra-se paralisado desde Março, desta vez
devido a uma anomalia nos sistemas hidráulicos de duas gruas
A
informação foi avançada ao ministro da Agricultura e Pescas, António Francisco
de Assis, durante uma visita realizada ontem, em Luanda, às instalações do
Instituto Nacional de Investigação Pesqueira.
O
navio, de 74 metros de comprimento e uma velocidade de 13 nós, tem apresentado
problemas técnicos desde que chegou a Angola. A primeira avaria aconteceu
apenas três meses depois de ter chegado ao País.
Com
uma tripulação de 12 cientistas e 16 tripulantes, a embarcação visa realizar
trabalhos de pesquisa para permitir conhecer as diversidades de recursos
marinhos, o ecossistema e pesca.
Esta
é a primeira embarcação do género adquirida por Angola. Antes da sua chegada, a
então ministra das Pescas e do Mar, Victória de Barros Neto, armou tratar-se de
um navio " com grandes valências na investigação científica".
Ainda
de acordo com a ex-ministra Victória de Barros Neto, o navio "Baía
Farta" serviria também como "barco-escola", proporcionando
formação em alto-mar na área da investigação marinha.
De
acordo com informação da Damen, este será um dos navios tecnologicamente mais
avançados do género e a sua construção "minimizará" o ruído
subaquático, acústico interno e vibrações, garantindo assim níveis de silêncio
necessários para a investigação científica dos recursos naturais marinhos.
Citada
pelo Jornal de Angola, a directora-geral do Instituto Nacional de Investigação
Pesqueira, Filomena Vaz Velho, armou durante a visita do ministro da
Agricultura e Pescas, que outra das dificuldades da operação do navio resulta
da ausência de subsídios para os técnicos que permanecem em alto mar por
períodos prolongados, algo que disse ter reflexos directos na redução dos
níveis dos resultados das pesquisas. In “Novo Jornal” - Angola
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