Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

segunda-feira, 2 de junho de 2025

China e Portugal são “velhos amigos que compartilham os mesmos ideais”, afirma O Lam

Num discurso proferido na cerimónia de abertura do Fórum dos Think Tanks entre a China e os países de língua portuguesa, a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura defendeu que Macau deve actuar como um “elo de ligação” entre a China e a comunidade lusófona, para além de assumir a responsabilidade de “divulgar ao mundo” as histórias de Macau e da China


A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, O Lam, assinalou que pretende potenciar o papel de Macau como plataforma de conexão e intercâmbio entre os países de língua portuguesa e a China, consolidando o seu “carácter único” como ponto de confluência das culturas oriental e ocidental.

No discurso de abertura do Fórum dos Think Tanks entre a China e os Países de Língua Portuguesa, que arrancou ontem na Universidade de Macau, a governante começou por recordar um antigo provérbio chinês: “Aqueles que compartilham os mesmos ideais não vêem distâncias como barreiras”. Da mesma forma, e apesar da larga distância geográfica, as “relações amistosas” entre ambos os países perduram desde os “tempos antigos” da Rota da Seda Marítima até aos actuais intercâmbios económicos, comerciais e culturais. “A China e os países de língua portuguesa são velhos amigos e bons amigos que compartilham os mesmos ideais”, sublinhou.

O Lam revelou que a edição deste ano do fórum, subordinada ao tema “Alcançar o consenso sobre o desenvolvimento global, unir esforços para a modernização mundial”, incide em dois tópicos principais: “Partilha de Experiências sobre os Processos de Modernização em Diversos países” e “Visão Conjunta do Rumo para a Modernização”. A intenção da governante é que os debates levados a cabo pelos participantes permitam compreender como alcançar vantagens e benefícios mútuos e, ainda, contribuir para a partilha do “percurso de modernização ao estilo chinês” com os países lusófonos.

“Enquanto testemunha, participante e beneficiária da modernização ao estilo chinês, Macau tem a responsabilidade de divulgar ao mundo a história de Macau e a história da China”, afirmou O Lam. Por sua vez, também o lado chinês está disposto a “adoptar uma postura ainda mais aberta” no aprofundamento das relações com Portugal, nomeadamente nos domínios do comércio e investimento, da investigação académica, da cooperação entre ‘think tanks’ e dos intercâmbios culturais, cada vez mais frequentes.

O estatuto de Macau como ponte entre dois mundos viu-se intensificado no final do ano passado, com a visita de Xi Jinping a Macau e vários discursos em que o Presidente chinês descreveu a região como “uma janela muito importante para o exterior”. A secretária para os Assuntos Sociais e Cultura considera que o reconhecimento da posição estratégica de Macau acentua a “responsabilidade” do território em assumir-se como um centro de confluência de ideias e união entre diferentes civilizações, como contemplado no princípio “um país, dois sistemas”.

A cerimónia de abertura do Fórum dos Think Tanks decorreu no Centro de Convenções Ho Yin da Universidade de Macau (UM). Para além dos representantes chineses e do Governo da RAEM, o evento reuniu também especialistas e académicos de oito países de língua portuguesa: Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique e Timor-Leste. In “Ponto Final” - Macau


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