“O Brasil tem alimentos de origem aquática, desde a água salgada até a água doce, de climas frios a climas mais tropicais, além de pescados da nossa região amazónica, que são iguarias no nosso país e que poderiam ser muito bem apreciados aqui”, referiu o assessor do ministro da Pesca e Aquicultura do Brasil em Macau
Um
assessor do ministro da Pesca e Aquicultura do Brasil disse que o país tem um
enorme potencial para exportar mais peixe e outros produtos aquáticos para o
mercado chinês.
“Existe
muito, muito potencial no Brasil, uma capacidade de produzir alimentos de
origem aquática de forma sustentável e a capacidade de exportar é imensa”,
defendeu Carlos Mello, em Macau.
“O
Brasil tem alimentos de origem aquática, desde a água salgada até a água doce,
de climas frios a climas mais tropicais, além de pescados da nossa região
amazónica, que são iguarias no nosso país e que poderiam ser muito bem
apreciados aqui”, referiu o assessor do ministro André de Paula.
“A
capacidade do Brasil e o potencial para exportar para a China é sensacional”,
defendeu Carlos Mello.
No
final de abril, os dois países assinaram um acordo que abriu o mercado chinês
ao peixe e marisco natural e selvagem pescado no Brasil, após negociações que
decorriam desde 2016.
Mello
falava à margem do encerramento de um colóquio sobre economia azul, organizado
pelo Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de
Língua Portuguesa (Fórum de Macau).
O
assessor disse que a atividade, que reuniu dirigentes governamentais durante
duas semanas, demonstrou que os nove estados lusófonos têm “muita força para
colaborar, especialmente com a China”, que desde 2009 é o principal parceiro
comercial brasileiro.
O
Brasil “pode aprender em termos de desenvolvimento tecnológico, de superar
desafios como a de geografia, uma população muito extensa e estratégias para
segurança alimentar”, referiu o especialista em aquicultura.
Mello
deu como exemplo a inteligência artificial (IA), que pode ajudar em sistemas
“de precisão” para o cultivo de organismos aquáticos, para consumo humano ou de
animais.
A
IA pode apoiar a tomada de decisões ao processar dados “que levariam muito
tempo para pessoas fazerem”, resultando “em maior produtividade”, explicou o
assessor.
No
discurso de encerramento do colóquio, o secretário-geral do Fórum de Macau
lembrou o destaque que a China tem alcançado em “tecnologia, aquicultura,
construção de cadeias industriais e acesso a mercados”.
Ji
Xianzheng destacou o potencial para cooperação com os estados lusófonos, que
“possuem ricos recursos marítimos e grande potencial no setor pesqueiro”.
Também
Carlos Mello falou de “uma possibilidade muito forte” de que o colóquio “possa
gerar frutos no futuro”, em termos de projetos de cooperação entre os países de
língua portuguesa e a China.
Os
representantes lusófonos estiveram, entre 13 e 15 de junho, na Exposição
Internacional de Pescas e Marisco da China, em Fuzhou, capital da província de
Fujian, no sudeste do país.
Segundo
um comunicado do Fórum de Macau, o vice-presidente da autarquia de Fuzhou,
Liang Dong, expressou o desejo de que empresas locais possam trabalhar com os
países de língua portuguesa para “construir bases industriais de pesca”. In “Jornal Económico” – Portugal com “Lusa”
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