O lançamento da novidade editorial As histórias que nos cont(ar)am na Galiza e… em Portugal, de Henrique Egea, decorrerá no Centro Social A Pedreira (r/Serra,36), na quarta-feira, dia 18 de junho, às 21h. O evento contará com a presença do autor, Henrique Egea, que estará acompanhado polo antropólogo Rafael Quintía
Este
ensaio histórico analisa o viés historiográfico e trata de oferecer um outro
relato, centrado na realidade galega, útil para rever o que fomos e o que
somos.
A
maioria de nós acredita que a historiografia nasça da análise do passado,
baseada nos dados disponíveis. Mas a historiografia, e nomeadamente a destinada
à divulgação, costuma ser a expressão, mais ou menos evidente, da ideologia e
do contexto do autor, não o “resultado asséptico” da análise “científica”. Os
momentos do passado que a historiografia escolhe para a sua análise e os
silêncios que pesam sobre outros momentos são, em grande medida, tão
significativos como a elaboração dum discurso ideologicamente marcado. A
historiografia está feita por pessoas com ideologia e contextos que forçam a
determinadas escolhas. Não existe a historiografia neutral.
Elabora-se
na procura duma explicação ou justificação para o presente e, mesmo, para o
futuro.
Nos
países sem estado, a tónica geral é o silêncio ou, no melhor dos casos, a
história costuma estar submetida à interpretação doutros, moldada ao discurso
oficial. O caso galego é paradigmático duma historiografia submetida a um
projeto alheio que nos nega. Os silêncios interesseiros, as meias-verdades e as
mentiras no relato, desarticulado, da nossa história vêm de longe, como o
leitor poderá ver neste livro.
Eis
o motivo de uma outra entrega de historiografia, com uma análise centrada no
nosso contexto histórico, útil para rever o que fomos e somos. In “Portal
Galego da Língua” - Galiza
Sobre o autor:
Henrique Egea Lapina (1963) é licenciado em Filologia Clássica pola
Universidade de Compostela, foi professor de Língua em Ponte Vedra durante mais
de 30 anos. Interessado desde a juventude na história da Galiza, especialmente
a medieval, dedicou boa parte do seu tempo ao estudo das fontes e, como
consequência, percebeu várias incongruências no relato oficial. Resultante
deste labor, além de diversas colaborações na revista digital Terra e Tempo,
publicou, em colaboração, 40 datas que zeram a História da Galiza
(Através, 2019) e Todas mortas e (quase) esquecidas (Através, 2020), e,
em solitário, Remover Roma por Santiago (Igalhis, 2022).
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