O Campus de Verão da Casa de Portugal vai voltar a realizar-se este ano, entre Julho e Agosto. Amélia António disse ao Jornal Tribuna de Macau que as inscrições “ainda não estão finalizadas”, mas que a iniciativa deverá contar com cerca de 200 participantes. O local para a realização das actividades continua a ser o “drama” da Casa, vincou
A
Casa de Portugal vai voltar a organizar o Campus de Verão, nas duas últimas
semanas de Julho, e nas três primeiras semanas de Agosto. Amélia António
explicou ao Jornal Tribuna de Macau que as inscrições ainda não estão
finalizadas, uma vez que houve pessoas que manifestaram “vontade de se
inscrever, mas não tinham as contas em dia ou faltavam documentos”, havendo
ainda casos pendentes.
Sem
adiantar números finais, a presidente da Casa de Portugal disse que os alunos
inscritos na edição deste ano “devem aproximar-se dos 200”. As crianças, com
idades compreendidas entre os quatro e os 10 anos, não serão, na sua maioria,
de língua materna portuguesa, “uma situação que já vem de há vários anos”.
O
Campus vai proporcionar aos participantes actividades “bastante variadas”,
segundo a dirigente associativa, que incluem “actividades lúdicas, coisas de ar
livre e jogos, para não ser uma actividade aborrecida”.
“Estão
de férias, mas apesar de terem que ter um carácter didáctico, [as actividades]
também têm de ter um carácter lúdico, para ser agradável”, assinalou. Por
norma, os alunos “constroem e fazem coisas que gostam muito de mostrar aos
pais” e “têm muito orgulho nos trabalhos que fazem”, afirmou a presidente da
Casa de Portugal. Fazem “um bocadinho de tudo de maneira a puxar pelo gosto e
pela autoconfiança dos miúdos”.
Por
outro lado, Amélia António admitiu que a Casa de Portugal enfrentou algumas
dificuldades, sobretudo em relação ao local para as actividades. “O espaço é
sempre o nosso drama anual. Agora temos vindo a trabalhar com a Escola
Portuguesa de Macau, que nos tem ajudado ao máximo, mas este ano a Escola está
em obras”, o que obrigou a Casa de Portugal a coordenar a iniciativa com os
trabalhos.
“Chegou
a haver anos em que tínhamos tudo preparado para anunciar, só faltava o local.
É um problema sistemático que a Casa de Portugal tem que é o local para
realizar as actividades, nomeadamente quando são actividades que envolvem
crianças”, desabafou Amélia António.
“Mesmo
durante o ano, nós temos imensos pedidos dos pais para continuar a fazer
determinado tipo de actividades que os pais apreciam e que os miúdos gostam e
que eles pensam que é muito importante para o desenvolvimento linguístico
deles”, prosseguiu. Contudo, a Casa de Portugal não realiza mais iniciativas
“porque não temos onde fazer”, sublinhou Amélia António, admitindo
“dificuldades enormes” para responder aos pedidos que lhes são feitos.
O
Campus de Verão já se realiza há cerca de 15 anos e a iniciativa vinha
crescendo, até que nos anos de pandemia tudo mudou. Em 2018, segundo dados
indicados por Amélia António anteriormente a este jornal, houve 400 vagas e um
ano depois foram 800. Normalmente, eram oito ou nove semanas de actividades,
mas por causa da covid-19 a Casa de Portugal viu-se obrigada, em 2020, a
realizar o Campus durante apenas quatro semanas, com 300 inscrições. Na edição
deste ano, serão cinco semanas.
Dois workshops pedagógicos para crianças
Amanhã,
decorrerão dois workshops para crianças, sendo a ideia promover o gosto
pela leitura. As actividades vão realizar-se na sede da Casa de Portugal e
serão conduzidas por Bárbara Maria e Carmo, educadora de infância. Entre as
10h00 e as 12h00, a sessão destina-se a crianças com cinco e seis anos, sendo
que as actividades são desenvolvidas a partir do livro “Até onde nos leva uma
linha?”. Já na segunda sessão, agendada para o período da tarde (15h00 às
17h30), o workshop é direcionado para crianças de três e quatro anos. A
actividade para pais e filhos tem como protagonista o livro “Não é uma caixa!”.
O programa “Crianças Felizes” conta ainda com apresentações no Jardim de
Infância D. José da Costa Nunes. Pedro Milheirão – Macau in “Jornal
Tribuna de Macau”
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