Pintura Arq. Eduardo Moreira Santos, Lx (28.08.1904 - 23.04.1992)

terça-feira, 10 de junho de 2025

Angola - Livro do escritor Ondaka 6.7 retrata raízes da identidade

As raízes mais profundas da identidade angolana estão impressas nas páginas do livro “Ntangu e Ntima ou A absoluta Mama Mboze”, da autoria do escritor Ondaka 6.7, que chegou ao mercado literário, na sexta-feira, durante uma cerimónia realiza na sede da União dos Escritores Angolanos (UEA), em Luanda


O livro, vencedor do Prémio Imprensa Nacional de Literatura 2023, é um grito de resistência, sabedoria ancestral e poder feminino, sendo um drama marcante sobre coragem, identidade e superação, que destaca a jornada de dois irmãos angolanos na busca de uma vida digna em Luanda. Através de uma escrita sensível e crítica, o livro mergulha nos desafios sociais, familiares e históricos vividos por jovens africanos contemporâneos.

Segundo o autor, Ntangu e Ntima são duas palavras originárias do Ibinda, que significam, a primeira, sol, tempo e então, enquanto a segunda oração.

O escritor Ondaka 6.7 realçou que a obra de estreia foi totalmente escrita por intermédio da fala, respeitando as características do género dramático, para entender que as falas não são simplesmente falas, mas movimentações e acções.

O escritor José Luís Mendonça, ao fazer a apresentação do livro, explicou que a obra é uma peça de teatro, escrita por Ondaka 6.7, que venceu o Prémio Imprensa Nacional da Literatura, em 2023. “Os júris do prémio tiveram em conta a temática do êxodo rural, causada pelo fascínio da capital, através de uma lei que explora as preocupações da cultura social reflectidas no tempo”, disse o apresentador da obra.

Para José Luís Mendonça, o autor domina a linguagem e a técnica do género dramático, denotando consciência estética. “O género dramático na moral de hoje não tem conhecido tantos autores como nos tempos passados”, admitiu.

Um instintivo de reacção dramática, disse, pode ser a criação de um filme grande só com textos de teatro, tendo exemplificado que a peça de Domingo Zanulli “Álcool de Natal” merece ser filmada, pela sua interpretação brilhante de uma história com dois mil anos. Amilda Tibéria – Angola in “Jornal de Angola”


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