A Zona de Cooperação Aprofundada já acolhe mais de 6700 cidadãos de Macau, algo que prova a “integração contínua” da população da RAEM na zona, considera o subdirector da Comissão Executiva de Hengqin. Além disso, revelou que, durante um ano e nove meses desde a criação da Zona de Cooperação, o número das empresas de Macau em Hengqin subiu 22,3% e as suas receitas operacionais aumentaram 21%
No
dia 17 de Setembro de 2023 será assinalado o segundo aniversário da criação da
Zona de Cooperação Aprofundada em Hengqin. Num balanço feito recentemente, Fu
Yonge, subdirector da Comissão Executiva da Zona de Cooperação, começou por
destacar o “aumento notório” do número das empresas de capitais de Macau em
Hengqin durante o último ano e nove meses. Actualmente estão registadas na Zona
de Cooperação 5601 empresas da RAEM, representando uma subida de 22,3% em
comparação com o número verificado antes da sua criação.
Segundo
realçou, os capitais registados dessas empresas superaram 140 mil milhões de
renminbis. Até agora, essas empresas já obtiveram receitas operacionais
superiores a 14,1 mil milhões de renminbis, o que traduz uma subida de 21%. Ao
mesmo tempo, nas áreas da investigação científica e do sector dos serviços
técnicos, as entidades comerciais da RAEM já representam 18,84% do total.
Outro
fruto realçado pelo subdirector da Comissão Executiva de Hengqin é a
“integração contínua” da população de Macau na zona, comprovada pela existência
de mais de 6700 residentes da RAEM a viver ou trabalhar na Zona de Cooperação,
incluindo 199 estudantes. No total, 776 são trabalhadores de Macau, um aumento
de 54,3% face ao número contabilizado antes de Setembro de 2021.
Os
hospitais em Hengqin prestam serviços de tratamento a residentes de Macau 6800
vezes por ano, reflectindo uma subida substancial de 87%. Por outro lado, em
Hengqin, 4172 cidadãos de Macau participaram no seguro de pensões e de
assistência médica do Interior da China, apontou o mesmo responsável.
Além
disso, Fu Yongge asseverou que está a ser formada, na Ilha da Montanha, uma
conjuntura de estimulação da diversificação económica de Macau e já foram
obtidos certos resultados neste âmbito. Isto porque, além do lançamento de
medidas de apoio para o desenvolvimento de alta qualidade de circuitos
integrados e da biomedicina, no ano transacto, as receitas tributárias
resultantes das quatro indústrias nucleares registaram em Hengqin um acréscimo
de 9,1% em relação ao ano anterior. Representavam, em 2022, uma percentagem de
34,3% do total das receitas tributárias.
Segundo
referiu, o próximo passo da Zona de Cooperação será continuar a persistir na
missão de promover a diversificação adequada da economia de Macau, através do
reforço da implementação de projectos das indústrias orientadoras típicas, da
promoção de um fluxo transfronteiriço maior de vários elementos, de projectos
de integração aprofundada em bem-estar da população, bem como da alta
facilitação para pessoas se deslocarem entre os dois lados da fronteira.
Empresas com apoio redobrado para emitir títulos na RAEM
Por
outro lado, a partir do dia 20 deste mês, vão entrar em vigor as medidas de
apoio revistas dedicadas às empresas da Zona de Cooperação que emitam títulos
em Macau. As novas medidas têm um prazo de três anos, podendo as entidades
interessadas solicitar o apoio a partir de 2024.
As
empresas de Hengqin que emitam títulos em Macau com sucesso podem pedir um
prémio máximo equivalente a 2% do valor dos fundos angariados originalmente,
sendo esta percentagem 0,8% antes da revisão das medidas de apoio. Outra
novidade é que, além dos “títulos verdes”, os “títulos sustentáveis” serão abrangidos
nos âmbitos autorizados para o pedido de subvenção para as despesas de
avaliação externa.
Além
disso, os escritórios de advocacia, escritórios de contabilidade e agências de
crédito e de classificação externa registados em Hengqin que sirvam empresas do
Interior da China, para que estas emitam títulos em Macau com sucesso, vão
também receber um apoio monetário reforçado. Antes, cada entidade podia pedir
um apoio máximo de 100 mil renminbis. Agora, o tecto máximo vai passar a ser
500 mil, não podendo cada entidade ser apoiada com mais do que um milhão de
renminbis por ano.
Xi Jinping insta ao reforço da conexão entre Mongólia
Interior e Grande Baía
Durante
uma visita à Mongólia Interior, o Presidente da China, Xi Jinping, exortou
aquela região autónoma a acelerar a optimização da estrutura industrial,
desenvolver activamente as indústrias vantajosas, aproveitar ao máximo as
vantagens na indústria de energia, nos recursos estratégicos, na agricultura e
pecuária, bem como a fortalecer a conexão ao Delta do Rio Yangtze e à Grande
Baía Guangdong-Hong Kong-Macau, para uma melhor integração no duplo ciclo da
economia nacional e internacional. Além disso, o Presidente chinês pediu “novos
milagres” na luta contra a desertificação na região, onde tiveram origem várias
tempestades de areia que atingiram o norte da China, nos últimos anos. Segundo
a agência Xinhua, Xi Jinping quer ver consolidada a barreira verde que se
estende ao longo de milhares de quilómetros no norte do país. Na localidade de
Bayannur, na fronteira com a Mongólia, o líder chinês disse que “as catástrofes
do sistema ecológico causadas pela desertificação, os perigos das tempestades
de areia e da erosão dos solos limitaram o desenvolvimento económico e social
do norte da China”. No entanto, notou que o controlo da desertificação no país
“mostra uma tendência positiva”.
DSEDT e governo de Hengqin visitam Lisboa
Para
aprofundar o conhecimento mútuo sobre o desenvolvimento da indústria de
ciências e tecnologia e atrair mais empresas portuguesas a explorar
oportunidades em Macau e em Hengqin, os Serviços de Economia e Desenvolvimento
Tecnológico (DSEDT) da RAEM e os Serviços de Desenvolvimento Económico de
Hengqin realizaram recentemente uma visita a Lisboa. A delegação deslocou-se a
entidades de investigação científica portuguesas representativas, parques de
ciências e tecnologia, incubadoras e empresas desta área, aos quais
apresentaram o ambiente comercial em Macau e em Hengqin. Constam na lista das
entidades visitadas o Taguspark, o Instituto Superior Técnico da Universidade
de Lisboa, a Fábrica de Startup, a Beta-i, a Startup Portugal e a Virtuleap.
Tai Kin Ip, director da DSEDT, instou empresas portuguesas da área de ciências
a considerarem Macau e Hengqin como uma “janela preferida” no alargamento do
mercado no estrangeiro. Li Ziwei, director do referido organismo de Hengqin,
encorajou empresários de Portugal a investirem proactivamente na Zona de
Cooperação. Rima Cui – Macau in “Jornal Tribuna de Macau”
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