O design “Made in Macau” está de destaque em Portugal. Uma selecção das “melhores obras dos últimos 10 anos” de áreas como arquitectura, design de interiores, moda, ou design gráfico, está exposta na Universidade do Porto até 30 de Agosto. Entre as 37 obras, estão patentes na exposição trabalhos da Lines Lab, Macau Creations, Centro de Design de Macau, Associação de Arquitectos Marreiros, Worker Playground, MOD, Chill Design, Untitled Design, entre outros
Inaugurou
ontem, dia 22 de Junho, uma exposição colectiva de designers de Macau na
Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Numa estreia em Portugal, a
exposição “Reconnect – Macau – Portugal – Design” reúne uma selecção de 37
trabalhos de vários estúdios e projectos que primam pela sua surpreendente
“variedade e versatilidade”, indica a Associação Cultural Portuguesa (ACPT),
entidade organizadora na exposição. A marcar presença na cerimónia de
inauguração estiveram Chao Sio Leong, presidente da Associação de Designers de
Macau (ADM), James Chu e Emanuel Barbosa, ambos curadores da exposição, e Óscar
Afonso, director da Faculdade de Economia da Universidade do Porto.
Co-organizada
pela ACPT, a Faculdade de Economia da Universidade do Porto, e a Associação de
Designers de Macau, a exposição conta com o patrocínio do Fundo de
Desenvolvimento da Cultura do Governo de Macau.
São
obras que cobrem um leque variado de áreas de design, da arquitectura, moda,
interiores, a gráfico e digital, numa representação do trabalho de 42 designers
e 35 marcas de renome de Macau, como Lines Lab, Macau Creations, Centro de
Design de Macau, Associação de Arquitectos Marreiros, Worker Playground, Soda
Panda, MOD, Chill Design, Untitled Design, entre muitos outros.
Destacando
que os designers do território fizeram muito pela promoção a nível mundial, a
ACPT recordou em nota de imprensa que nos últimos dez anos os designers de
Macau “foram distinguidos em prestigiados concursos internacionais, permitindo
que os seus estúdios expandissem os seus negócios e projectos a uma escala
global”. A exposição na Universidade do Porto foi concebida numa “perspectiva
internacional, destinada a promover o desenvolvimento das indústrias de design
e arte de Macau”, em que se aguarda “a chegada de visitantes para explorar
juntos a intersecção entre criatividade e cultura”, acrescentou a organização.
A
associação portuguesa define Macau como uma “cidade onde as culturas chinesa e
ocidental se misturam”, com “profundas influências culturais portuguesas na
arquitectura, comida, língua, mas também no campo do design”, e que foi este
“profundo intercâmbio e integração das culturas oriental e ocidental” que
“moldou o estatuto único do design de Macau”.
Na
mostra, que está patente na cidade do Porto até 30 de Agosto, é possível ficar
a conhecer uma selecção representativa do design que se fez na última década na
RAEM. Como esclareceu ao Ponto Final James Chu, que, para além de curador,
também terá trabalhos seus expostos no local, vai ser possível ver as obras
“dos melhores designers de Macau” e de todo o design que se fez nos últimos 10
anos. Este é “muito diferente daquele que se faz em Hong Kong e outras cidades
na China”, e “existem, aliás, imensas cópias na China do estilo de design de
Macau”, revela.
Para
James Chu, o design feito em Macau é de uma excelente qualidade, como se
comprova pela quantidade de prémios internacionais recebidos ao longo dos anos.
O designer está grato ao ACPT pelo apoio, que permitiu que “em tão pouco tempo
se ter conseguido organizar tudo com qualidade”, e também agradece “a ajuda
preciosa de Emanuel Barbosa, o curador do Porto, sem o qual não teria
conseguido organizar o evento sozinho”.
Chao
Sio Leong, presidente da Associação de Designers de Macau, acredita que esta
mostra vai conseguir “ir mais longe do que apenas expor obras”, ela é uma
“oportunidade profunda de intercâmbio”, e tem confiança que a “relação com o
design português vai ser ainda melhor depois desta exposição”.
Quando
perguntámos a James Chu qual é o balanço que faz, de voltar a poder ir a
Portugal depois do período de restrições da pandemia, este confessou que é algo
que lhe “dá muita alegria”, de poder voltar a Portugal para “comer boa comida,
e beber bom vinho”, e poder voltar a “falar cara-a-cara com designers aqui no
Porto”, algo que na sua perspectiva é “muito diferente de sms, email ou
reuniões através da internet”. Rita Gonçalves – Macau in “Ponto
Final”
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